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Bateria pode ser carregada em casa e garante autonomia de 389 km

- Fernando pedroso

Uma das principais notícias do Salão do Automóvel de São Paulo, que pode ser visitado até amanhã no São Paulo Expo (rod. Imigrantes, km 1,5), foi o anúncio da venda de modelos elétricos no Brasil. Entre eles está o Nissan Leaf.

O preço assusta, R$ 178.400, mas é o custo de ser um dos primeiros a ter uma nova tecnologia na garagem. Além de conhecer de perto, outra coisa que os visitantes do Salão podem fazer é dirigí-lo. E foi isso que a reportagem do Agora fez.

Na curta pista de teste, deu para testar um dos diferencia­is do carro, que é o sistema e-pedal. Ele permite que o motorista utilize apenas o pedal do acelerado. Para andar, claro, basta pressioná-lo. Ao soltar, porém, o carro desacelera até a parada total, como se o freio tivesse sido acionado. O segundo pedal continua existindo, mas deve ser usado somente em emergência.

O motor elétrico, com potência equivalent­e a 149 cv, chama a atenção pelo silêncio, como de todo elétrico, e pelo bom torque. São 32,6 kgfm de força disponível a qualquer momento. Como comparação, é o mesmo torque do Audi A4 com motor 2.0 turbo, que só entrega essa força aos 1.450 rpm do seu motor a gasolina. Isso garante um aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos. O Audi faz em 7,3 s.

Além de ter um carro que pode ser abastecido na garagem de casa (leia mais abaixo), o preço alto tenta se justificar no conforto. O carro tem bom acabamento e equipament­os como bancos aquecidos, piloto automático adaptativo, câmeras com visão 360˚ e ar-condiciona­do automático digital.

Teste

A chegada do Leaf e de outros elétricos é o começo de uma revolução no mercado de automóveis, mas que não deve ter resultados imediatos. Para José Luís Valls, presidente da Nissan para América Latina, as expectativ­as são conservado­ras. “A quantidade que vamos trazer vai depender muito da pré-venda. Não procuramos volume de vendas. Estamos apenas testando o mercado”, disse.

Valls também falou que o Brasil precisa de investimen­to em infraestru­tura para a populariza­ção dos carros elétricos. Segundo ele, há conversas avançadas entre a Nissan e o governo. “É importante o público e o privado trabalhare­m juntos nesse momento”, afirmou.

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