Submarino é achado, mas Argentina descarta resgate
Aparelho que sumiu há um ano está a cerca de 900 metros de profundidade e sofreu uma implosão
O submarino argentino ARA San Juan, que desapareceu em 15 de novembro do ano passado no Oceano Atlântico, foi encontrado na madrugada de ontem por uma empresa privada norte-americana envolvida no que tem sido uma enorme busca pelo aparelho que sumiu com 44 tripulantes a bordo.
O submarino, descoberto pela Ocean Infinity, foi encontrado 907 metros abaixo da superfície, em um desfiladeiro no fundo do oceano, com sua cauda parcialmente implodida, disse o ministro da Defesa da Argentina, Carlos Aguad.
Segundo o capitão Gabriel Attis, chefe da base naval de Mar del Plata, a embarcação foi encontrada no leito marino com o casco inteiro, mas “totalmente deformado, colapsado e implodido”, e sem “aberturas”. Parte das hélices estão enterradas, e há pedaços espalhados por um raio de 70 metros.
Autoridades confirmaram que a embarcação sofreu uma implosão duas horas depois do seu último contato em 15 de novembro do ano passado. A implosão ocorre quando o submarino ultrapassa o seu limite de profundidade —no caso do ARA San Juan, era de cerca de 300 metros. A chance de sobrevivência é praticamente nula.
“Não temos equipamento para ir a essa profundidade, nem tecnologia para extrair um submarino dessas características”, disse o ministro Aguad. “Uma operação de resgate precisaria ser realizada por empresa estrangeira.”
A “visibilidade bastante reduzida, somada à turbulência à salinidade” da água, dificultariam ainda mais um possível resgate, disse ontem José Villan, chefe do Estado Maior da Marinha Argentina.
Além dos limites técnicos, está o limite legal. “A juíza (Marta Yáñez, responsável pela investigação do incidente) é quem dá autorização para um possível resgate do aparelho.