Agora

Partidos derrotados buscam reinvenção

- (FSP)

Partidos como PSDB, MDB, PPS, PSB e Rede se debruçam sobre as causas do fracasso nas últimas eleições e discutem como se manter relevantes e qual papel exercer em relação ao novo governo.

“Há mais de um ano eu defendo que o PSDB faça uma reformulaç­ão, uma autocrític­a”, diz o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Expresiden­te da sigla, ele disse em setembro que a legenda cometeu “erros memoráveis”. Um deles: entrar no governo Michel Temer (MDB).

O futuro dos tucanos está diretament­e ligado à ascensão de João Doria. Aliado de Bolsonaro, o governador eleito de São Paulo se movimenta para empurrar a legenda rumo à direita.

“Acho que pode vir uma coesão do centro, mas vai depender de como será o relacionam­ento político e quais serão as primeiras atitudes do presidente eleito Jair Bolsonaro [PSL]. Se vai entrar radicaliza­ndo, se vai moderar”, diz Tasso.

Blocos na linha de oposição com responsabi­lidade estão se desenhando no Congresso, com partidos como PDT, Rede, PPS, PV, PSB.

“O ciclo de governos mais progressis­tas se encerrou com uma crise profunda das instituiçõ­es e partidos”, diz o presidente do PPS, Roberto Freire. Ele, que não se reelegeu deputado, aposta na refundação da sigla, processo que estava em curso e agora se mostrou urgente.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil