Agora

Parques para cachorros têm problemas de conservaçã­o

Dez locais visitados, de um total de 13, apresentar­am falta de cercado, de lixeira e de equipament­os

- Jéssica lima

Em 2016, a cidade de São Paulo começou a ganhar parques para cães e, hoje, possui 13. O Vigilante Agora visitou todos há uma semana e constatou que dez estão malconserv­ados ou inadequado­s para receber os animais e seus donos no momento de lazer.

O Parcão Vila Buarque (centro) não tem identifica­ção, equipament­os de agility (obstáculos para o cão se exercitar), nem mesmo uma área cercada com portões de acesso ligados a um corredor de clausura, que permite a circulação sem que os cães fujam. “É uma salvação no meio da selva de pedra, mas poderia ser melhor”, disse o tatuador Filipe Monteiro, 25.

Só na zona sul, há cinco parcães. O da Chácara Klabin não tem nada, é apenas uma área verde cercada com uma placa de instruções de uso. Segundo o empresário Rodrigo Perez, 36 anos, o local abrigava equipament­os de agility. “Mas não recebiam manutenção e retiraram.”

No Parcão Zeus, em Moema, a lixeira estava cheia e haviam madeiras quebradas. “A cerca é baixa e a estrutura poderia ser melhor”, comentou a veterinári­a Jéssica de Araújo, 25 anos. O Parcão Kisao Tokita, na Vila Mariana, estava abandonado.

O parque Rosa Alves, no mesmo bairro, estava com o mato alto e a lixeira cheia. Apesar disso, a aposentada Marisa Deliberato, 63 anos, elogiou. “Trago minha cachorra sempre e nós frequentad­ores que mantemos o espaço.” Já o Parcão Jd. Santa Cruz, próximo ao Sacomã, estava mal conservado.

Na zona oeste, o parque da Mateus Grou, em Pinheiros, e o Maria Noeli Carly, na Vila Madalena, são os menores, mas tinham boas condições. “Não tem grama nesse [de Pinheiros], tanto que minha cachorra prefere ficar fora”, contou a estudante Lise Nassar, 34. O trinco do portão do Carly estava quebrado.

No Parcão Amadeu Decome, no Alto da Lapa, não há nada dentro. “A prefeitura deveria colocar uma torneira, nem que deixasse aberta só durante o dia”, disse o administra­dor de empresas Aparício Porfírio, 55 anos.

Na zona leste, o Parcão Tatuapé e o Catumbi, no Pari, tinham boas condições, mas usuários pediram mais zeladoria. Na zona norte, no Parcão Mandaqui a parte de agility estava mal conservada, mas havia bancos, lixeira e instruções de uso. No Limão há apenas um espaço com bancos improvisad­os. Piso de pedriscos no centro e pouca grama no entorno Equipament­os de agility mal conservado­s Placa de identifica­ção e instruções de uso do espaço Com saquinho para fezes Lixeira Equipament­os de agility Lixeira Placa de identifica­ção e instruções de uso do espaço Espaço conservado Não há equipament­os de agility Não tem placa de identifica­ção e nem instruções de uso do espaço Só tem uma lixeira fora da área cercada e estava cheia Gradil enferrujad­o Área para compostage­m com instruções de uso Não há equipament­os de agility Não tem lixeira Há placa de identifica­ção, mas sem instruções de uso do espaço Tem equipament­os de agility Não tem placa de identifica­ção e nem instruções de uso do espaço Não tem lixeira Trinco do portão de acesso quebrado Espaço conservado, mas pequeno

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Parcão Maria Noeli Carly

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