Revelações sobre o Mais Médicos
Cinco anos depois do lançamento do Mais Médicos, documentos obtidos pelo jornal Folha de S.paulo mostraram que a história da criação do programa não é bem aquela contada aos brasileiros.
Para início de conversa, tudo começou com uma proposta da ditadura cubana ao governo Dilma Rousseff (PT), e as negociações já vinham ocorrendo pelo menos um ano antes de a ideia ser apresentada ao público.
Para piorar o caso, a administração petista manobrou para evitar que o assunto fosse votado pelo Congresso, como deveria.
A intenção foi evitar polêmica, já que as autoridades davam como certa a chiadeira dos médicos brasileiros.
A questão é que as políticas públicas passam pela Câmara dos Deputados e pelo Senado justamente para haver debate da sociedade em torno delas.
Dessa forma, o cidadão pode conhecer os argumentos favoráveis e contrários à proposta, que também pode ser aperfeiçoada. Quem sabe muitos dos defeitos do Mais Médicos fossem sanados.
O programa tem objetivos corretos. A falta de profissionais nas regiões pobres e nas periferias das cidades é um problema real do país.
Até na Grande São Paulo, 265 profissionais cubanos vão deixar de atender à população, devido à decisão da ditadura de abandonar o acordo com o Brasil.
É um desfecho ruim para uma iniciativa que começou errado. Resta agora ao futuro governo, de Jair Bolsonaro (PSL), e às prefeituras buscar maneiras de reduzir os transtornos. Com transparência e sem novas picuinhas políticas. Grupo Folha