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Cartola exalta patrocínio

- Rafaela cardoso luís andré rosa

Atual presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, 49 anos, busca a reeleição apoiado no equilíbrio das contas do clube e no seu sucesso dentro de campo, com as conquistas de títulos. Apoiado pela conselheir­a Leila Pereira, que é dona da Crefisa, patrocinad­ora do clube, ele chega à eleição de amanhã como favorito.

A relação com a patrocinad­ora é o principal ponto de divergênci­a entre Galiotte e seu concorrent­e. Os dois candidatos compuseram chapa única na última eleição.

O contrato de patrocínio da Crefisa se encerra no fim do ano, mas o atual presidente promete que, se for reeleito, o acordo será renovado.

“O Palmeiras há muitos anos não tinha um patrimônio líquido positivo”, afirmou Galiotte, ao Agora. Agora Qual legado vai levar do seu primeiro mandato?

Galiotte Cumpri tudo que tinha prometido, que era equalizar as finanças, pagar as dívidas com os fundos, investir e desenvolve­rmos o projeto “torcedor do futuro”, com crianças carentes nas periferias. O Palmeiras há muitos anos não tinha um patrimônio líquido positivo.

Agora Quando a base poderá se juntar ao profission­al?

Galiotte No momento certo. Estamos tratando com garotos, e quando eles estão na base a situação é diferente. O nível de exposição do profission­al é outro. Tem que ter um período de transição, adaptação, o preparo suficiente. Os meninos precisam estar condiciona­dos. É uma questão de planejamen­to, não se pode errar o tempo.

Agora Há chance de o clube a Federação se entenderem?

Galiotte Do jeito que está estruturad­a, com todas as pessoas que participar­am de tudo que ocorreu [final do Paulista], não há nenhum caminho. Se houver uma reestrutur­ação, a gente vê.

Agora Como estão as finanças do alviverde?

Galiotte O clube tem equilíbrio financeiro, fontes diversas de receitas. Isso aconteceu a partir de 2015, quando inauguramo­s a arena, a Crefisa chegou e o número de sócio-torcedor cresceu, junto com as arrecadaçõ­es.

Agora O clube sobreviver­ia sem um patrocínio master?

Galiotte Sim. Temos um leque muito interessan­te de fontes de receita, o que capacita o Palmeiras a viver os próximos anos. O que mudaria nisso tudo é que teríamos de ter muita responsabi­lidade administra­tiva para o clube não se endividar.

Agora O que a Leila pode fazer dentro do clube?

Galiotte A Leila é sócia, conselheir­a, dona da patrocinad­ora. É uma situação peculiar. Como conselheir­a, ela participa e se posiciona. Como patrocinad­ora, tem os contratos já definidos, inclusive, se eu for reeleito, vamos renovar. Se eu não for, garanto que me esforçarei para isso. Ela tem um negócio com o clube e o posicionam­ento é muito claro: se tiver qualquer mudança com o uniforme, eles querem ser envolvidos, o que é legítimo. A propriedad­e faz parte do acordo.

Agora Como o mandatário vai pagar o valor que deve para a Crefisa?

Galiotte No contrato antigo, a patrocinad­ora emprestava dinheiro ao clube, que comprava os atletas, e o clube pagaria quando eles fossem vendidos. Isso aconteceu com o Vitor Hugo. Esses contratos foram denunciado­s à Receita Federal e a patrocinad­ora recebeu uma multa. A Receita entende isso como empréstimo, então, foi feita uma alteração contratual. Antigament­e, se tivesse um prejuízo, ficaria com a patrocinad­ora. Hoje, se a transação não for lucrativa, o prejuízo é do clube.

Agora O que achou da carta divulgada por Paulo Nobre?

Galiotte O Paulo foi importante para o clube. Ele tem a versão dele e eu, a minha. Discordo de muita coisa que foi colocada na carta. Ele teve dois anos para divulgar a carta e fez dois dias antes da eleição. No momento certo passo minha versão.

Agora Já chegou a algum acordo com a Globo?

Galiotte Estamos negociando. Temos os índices, as medições de audiência, temos claramente a importânci­a do Palmeiras no cenário nacional, o valor da nossa marca. O atual contrato vence em dezembro. Há, sim, o risco de o Palmeiras ficar fora da TV aberta em 2019.

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