IML aponta degola como causa da morte
Peritos afirmam que houve limpeza da casa e do carro dos Brittes logo depois da morte do jogador
Os laudos periciais da morte do jogador Daniel Corrêa em 27 de outubro foram apresentados ontem, na sede do Instituto Médico Legal de Curitiba. As autoridades chegaram à conclusão de que o jogador foi morto por degola parcial de sua cabeça.
Os peritos não puderam esclarecer, no entanto, se Daniel já estava morto quando seu pênis foi cortado. Edison Brittes Júnior, o Juninho Riqueza, assumiu a autoria do crime. Juninho e mais seis pessoas estão presas.
“A necropsia foi realizada pela médica legista Regina Gomes. Foi constatado que de fato a causa mortis foi a degola parcial. Chegou a haver a exposição da coluna cervical”, explicou o diretor do IML, Paulino Pastre. O perito disse que não é possível confirmar qual corte foi feito primeiro, se o do pescoço ou o da região genital.
“Havia na região amputada coágulos e são evidências de que esta lesão ocorreu muito proximamente ao momento da degola, mas não há possibilidade de precisar quanto tempo. Não há possibilidade de se precisar qual lesão ocorreu primeiro, mas é possível que tenha ocorrido muito próximo. Não há como precisar se ele estava vivo quando emascularam o órgão, mas a causa da morte foi a degola”, afirmou Pastre.
O diretor contou que foram realizadas três perícias no local onde o corpo do jogador foi encontrado, uma plantação de pinheiros na estrada do Mergulhão, em São José dos Pinhais (PR), e também na casa dos Brittes e no carro Veloster no qual o jogador foi levado. “Havia claros sinais de que ambos os locais [carro e casa] haviam sido submetidos a uma limpeza. Foi utilizado um agente químico, o luminol, que detectou a presença de sangue. Foram detectadas quatro marcas no carro e três na residência”, afirmou o perito Marcelo Malaguini, que detalhou que o corpo foi arrastado por duas pessoas até o local onde foi encontrado.