Craque de todas as horas, Dudu cresce sob Felipão
Após receber críticas da torcida, atacante reage com a chegada de Felipão e lidera o Verdão rumo à taça
Considerado o principal responsável pela virada palmeirense rumo ao título, Felipão tem que agradecer muito ao atacante Dudu, que foi o grande destaque da equipe na conquista do décimo título nacional.
Com muita obediência tática, gols e assistências, o camisa sete escreveu mais uma vez seu nome na história do clube, iniciada há quase quatro anos, ao faturar o seu terceiro título pela equipe.
O atacante havia sido campeão da Copa do Brasil de 2015 e do Brasileiro de 2016, quando também foi protagonista. Assim, entrou de vez para a galeria de ídolos da Academia de Futebol.
Dudu representa o símbolo da virada palmeirense, que nem o mais otimista torcedor imaginava. Sua contratação, em 11 de janeiro de 2015, foi o cartão de visitas do diretor Alexandre Mattos. Recém-chegado do bicampeão nacional Cruzeiro, o dirigente, com o aporte da Crefisa, iniciou uma onda de contratações de jogadores, o que fez o torcedor relembrar a era Parmalat, nos anos 1990.
O “chapéu”, como ficou conhecido o anúncio de Dudu, uma vez que ele estava mais perto de ser contratado pelos rivais São Paulo e Corinthians, marcou não somente a volta da força do time no mercado de contratações, mas o retorno como um dos protagonistas do país.
Com o pequeno de 1,66 m como um dos seus personagens principais, o Palmeiras deu início a uma epopeia, que rendeu ao clube uma Copa do Brasil (2015) e dois Brasileiros (2016 e 2018) em quatro anos.
Nesta temporada, assim como na passada, Dudu não vinha tendo bom desempenho e a torcida começava a criticá-lo. Mas a chegada de Felipão mexeu com o brio do atacante. Com o técnico, ele voltou a ser decisivo. Marcou gols em clássicos e jogos contra adversários diretos na briga pelo título brasileiro.
Dudu atingiu uma marca histórica durante a competição. Com 55 gols (sete no Nacional) em 227 jogos, ele superou o recorde de Vagner Love (54), hoje na Turquia, e se tornou o maior artilheiro do clube no século 21.
A conquista de seu terceiro título nacional e a identificação com clube e torcida são a prova de que o “chapéu” valeu muito a pena. Resta saber até quando o clube conseguirá resistir às investidas para tirá-lo da Academia.