Felipão e os generais do Bolsonaro
E não é que o Sargentão Scolari deu um jeito no então milionário e desunido elenco da Sociedade Esportiva Palmeiras? Os técnicos que o precederam eram inferiores aos jogadores. Não pode, em nenhum time ou seleção de futebol. Mas ganhar “só o Campeonato Brasileiro” foi “meio pouco” e apagou só 0,71% de seus 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014. Havia muita e suficiente artilharia verde para ganhar também a Copa do Brasil e a Libertadores e para um consagrador Palmeiras x Real Madrid, em Abu Dhabi. Mas já era.
O que não era, porque nunca foi, é o que se fala até hoje sobre um tal “apoio” que Felipão deu ou teria dado ao ditador Augusto Pinochet, do Chile. Foi na Rádio Jovem Pan I AM, em setembro de 1998, antes do duelo entre Palmeiras e Universidad de Chile pela Copa Mercosul (torneio vencido pelo Verdão), na hora do almoço, ao vivo, no então líder “Jornal de Esportes”, criado pelo saudoso jornalista Cândido Garcia. Eu estava no estúdio e o repórter Luis Carlos Quartarollo perguntou ao treinador gaúcho se ele temia jogar em Santiago, lá na terra do ditador Pinochet. Felipão apenas disse, em assunto pertinente à época sobre o futebol chileno, que “Pinochet fez muita coisa boa também. Ajeitou muitas coisas lá (no Chile)”.
Foi a resposta dele a uma pergunta feita e ele não citou o ditador chileno de forma espontânea, apenas exerceu o seu direito de opinar em relação ao que lhe foi questionado. Ele não tinha o direito de dar sua opinião, já que perguntado foi? Só isso e ponto, mas vira e mexe alguém cita que Felipão “apoiou” Pinochet. Exagero! Afinal, aquele general, hoje nadando no “Tacho do Capeta”, jamais mereceu ou mereceria qualquer apoio de quem quer que fosse.
Não é o caso dos “Generais do Bolsonaro”. Como todo homem é produto do seu meio e história, o novo presidente é um soldado até a medula. Nunca usou boné de beisebol, mas quepe ou capacete. Cresceu sem Conga no pé, mas com coturno. O dente palitava com a ponta da baioneta. Não brincava de velocípede ou papagaio, mas de revólver de madeira. Enfim, é um “sordado”, antes de ser político. Se não agrada, então que não o tivessem eleito.
Mas Jair Bolsonaro tem sido muito açoitado pela atual ressentida e desbotada crítica vermelha por sua coerente escalação de militares em seu ministério, ainda em formação. E militar não pode, é proibido? E pergunto: militar brasileiro não é também... brasileiro? Ou os generais brasileiros convocados pelo capitão não nasceram aqui no Brasil e só servem como bucha de canhão para resolver pepinos dos coitados do Haiti e do Congo? E só porque é general ou militar este “tipo” de brasileiro não presta? Não se trata também de “perseguição de minorias”?
E se militar brasileiro “não presta”, mesmo antes de entrar em campo, o que dizer dos “maravilhosos” políticos civis fregueses contumazes da histórica e indispensável “Lavajato”? Ora, gente, menos. Deixem o novo time entrar em campo e jogar. Se não der certo que o Capitão seja “descollorido” ou “dilmado”. Afinal, quem é técnico ruim tem que sair, como no futebol e na vida.
Ah, em tempo, nunca precisei e não preciso de nenhum político. Zero! Só não abro mão mais um pouco de meu microfone e Feliz Natal para todo mundo, civis e militares. Simplesmente fantástica a campanha do Atléticopr sob o comando do jovem e competente Tiago Nunes (foto). Tanto no Brasileiro quanto na Sul-americana. Que ele tenha vida longa no comando deste organizado Furacão. Marcelo Oliveira (foto) começou bem no Fluminense. Mas, de uns tempos para cá, o treinador perdeu o controle do Tricolor, que corre sério risco de rebaixamento. Que 2019 seja melhor. Para o técnico e para o Flu!