Agora

Por baixo dos viadutos

- Presidente: Editor Responsáve­l:

O enorme transtorno causado pelo viaduto que cedeu em 15 de novembro, na marginal Pinheiros, chamou a atenção mais uma vez para a histórica falta de conservaçã­o do sistema viário em São Paulo.

Os problemas não estão só na parte de cima dessas estruturas, como verificou o

Foram oito viadutos visitados em todas as regiões da cidade, e em todos havia algum tipo de risco para quem dirige ou passa a pé sob eles.

No Júlio de Mesquita Filho, na Bela Vista (região central), a reportagem presenciou os mesmos gradis enferrujad­os e quebrados que já haviam sido vistos em abril de 2017. Ou seja, por aí já dá para ver o estado de abandono do local, que muito provavelme­nte não passou por nenhuma avaliação de técnicos da prefeitura desde aquela época.

Não bastasse isso, os baixos do Júlio de Mesquita Filho são usados para descarte irregular de lixo e também por moradores de rua, dificultan­do o fluxo de pedestres.

Situação muito parecida é a do viaduto Curuçá (zona norte), cuja estrutura abriga ainda usuários de drogas.

A bem da verdade, nenhuma das estruturas pelas quais o Vigilante passou é amigável, por assim dizer, para quem está a pé. Se os baixos já têm todas essas deficiênci­as, a situação não é melhor em cima.

A maioria dos viadutos está com as grades de proteção lateral danificada­s na parte de cima, o que torna a passagem de pedestres quase uma aventura.

Em resposta, a prefeitura disse que limpa e faz zeladoria dos locais citados pela reportagem de forma periódica, mas que vai solucionar os problemas detectados.

Depois do episódio da marginal Pinheiros, é bom mesmo as autoridade­s começarem a levar a sério essa questão. Grupo Folha

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