Futuro ministro da Justiça, Moro defende apuração sobre pagamentos
O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu ontem que sejam esclarecidos os fatos relacionados ao relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que aponta movimentação financeira atípica de um ex-assessor do deputado e senador eleito Flávio Bolsonaro.
Questionado por repórteres sobre o tema, Moro falou que é inapropriado, em sua posição, fazer comentários sobre casos concretos.
“Eu, na verdade, fui nomeado para ser ministro da Justiça. Não cabe a mim dar explicação sobre isso”, disse.
Em seguida, o ex-juiz comentou o caso e disse que explicações ainda precisam ser dadas.
“O presidente já apresentou algum esclarecimento. Tem outras pessoas que precisam prestar seus esclarecimentos. E os fatos, se não forem esclarecidos, têm que ser apurados”, disse.
Hoje vinculado ao Ministério da Fazenda, o Coaf passará para o Ministério da Justiça a partir do ano que vem. Sob sua responsabilidade, Moro afirmou que o órgão será reforçado.
“Haverá uma possibilidade de reforçar o corpo funcional, com o que se espera que haja uma maior eficiência. Também há uma intenção de deixá-lo trabalhando mais próximo dessas operações de investigação”, afirmou.
Na sexta-feira, o ex-juiz se esquivou de comentar o caso. Diante de perguntas a respeito do episódio, apenas acenou com tchau e continuou a andar.