Deputado diz que existem indícios de vazamentos à família
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) apresentaria ontem representação à PGR (Procuradoria-geral da República) pedindo que o órgão investigue se houve vazamento de informações sobre a Operação Furna da Onça na Assembleia Legislativa do Rio para a família do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Pimenta disse que há indícios de que a família soube antes que as investigações resvalariam em seus assessores. E tomou providências para tentar se blindar.
Em 15 de outubro, Fabrício de Queiroz pediu exoneração do gabinete de Flávio Bolsonaro. No mesmo dia, a filha dele, Nathália, pediu exoneração do gabinete de Jair Bolsonaro, que exercia mandato de deputado federal.
Um dia depois, diz Pimenta, o MPF pediu autorização para deflagrar a Operação Furna da Onça, para prender sete deputados estaduais que são colegas de Flávio Bolsonaro e também assessores desses parlamentares. Eles são acusados de receber um “mensalinho” da gestão do ex-governador do Sérgio Cabral para votar a favor de projetos da administração.
O juiz Marcelo Bretas, do Rio, autorizou a ação no dia 25. Por causa do período eleitoral, que proíbe prisões, foi feita em 8 de novembro.
O MPF também apura um eventual vazamento de informações para outros parlamentares que viraram alvo das investigações. Anotações foram apreendidas na casa de investigados.