Ronaldinho entrega passaporte à Justiça
Ao retornar para o Brasil no último fim de semana, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário, Assis, cumpriram a decisão judicial de outubro que ordenava a entrega dos passaportes, informou o Ministério Público.
Eles perderam o documento porque não cumpriram uma sentença da Justiça do Rio Grande do Sul e estavam fora do país quando a ordem foi emitida. Ambos tentaram derrubar a medida, mas o habeas corpus que pediram não foi julgado pelo STJ.
Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho Gaúcho e Assis, preferiu não fazer maiores comentários sobre o caso.
Em conversa apenas pelo Whatsapp, ele escreveu que “o referido processo está tramitando em segredo de Justiça. Há determinação judicial neste sentido. Assim, cabe às partes se manifestarem nos próprios autos.”
Quando a decisão ocorreu, em 31 de outubro, o ex-jogador estava em Tóquio e manteve a agenda internacional de compromissos com patrocinadores. Ele transitou entre países da Europa, Ásia e África. O retorno ao Brasil ocorreu pelo mesmo motivo, um evento de uma marca no último domingo.
Ronaldinho participou de um jogo no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, do time dele contra o de Denílson. O ex-atleta deixou o evento sem falar com a imprensa. Seu irmão, Assis, estava no local e também não falou.
O comportamento de Ronaldinho Gaúcho durante o processo foi bastante criticado pelo Ministério Público. No parecer que elaborou a pedido do STJ, o subprocurador-geral da República Brasilino Pereira dos Santos usou trechos de decisões da Justiça do Rio Grande do Sul para qualificar Ronaldinho Gaúcho e seu irmão.
Ele ressaltou que os réus se recusavam a receber intimações e usaram os serviços da Defensoria Pública mesmo tendo recursos de sobra para bancar um advogado.