Agora

Quatro mortos em ataque têm entre 38 e 68 anos

Dois idosos morreram, e um deles estava internado em estado gravíssimo. Uma vítima perdeu o filho

- Alfredo henrique (com FSP)

Campinas Quatro homens morreram ontem no ataque na Catedral Metropolit­ana de Campinas (SP) —dois deles eram idosos. Atingidos pelo atirador, José Eudes Gonzaga Ferreira, 68, Eupidio Alves Coutinho, 67, Sidnei Vitor Monteiro, 39, e Cristofer Gonçalves dos Santos, 38, não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Outras quatro pessoas foram baleadas e socorridas por bombeiros e médicos do Samu.

Dentre os quatro feridos, Heleno Severo Alves, 84 anos, seguia na UTI, em estado gravíssimo. Ele passou por uma cirurgia no tórax. Dois feridos tiveram alta ontem à tarde.

Uma das feridas, Jandira Prado Monteiro, continuava internada, mas seu estado de saúde era estável. Jandira perdeu o filho Sidnei Vitor Monteiro, 39 anos. O irmão dele, Silvio Antônio Monteiro, 47, deixou a mãe no ponto de ônibus. Ela seguiu para o centro de Campinas, para se encontrar na catedral com o filho Sidnei. O plano era irem juntos para o dentista. “Não consigo acreditar no que aconteceu. Hoje é meu aniversári­o e olhem o presente que ganhei”, afirmou Silvio.

Ele diz que a mãe operou a mão e a clavícula. Passa bem, mas não sabe do que o filho morreu. “Dissemos que ele está bem cuidado. Eles eram muito próximos, não sei como vai ser.” Sidnei era eletricist­a na Unicamp, casado e tinha uma enteada. Mãe e filho moravam em Hortolândi­a. O irmão soube da tragédia quando recebeu ligações do hospital no celular, mas não conseguiu atender. Mais tarde, foi contatado de novo e levado para o hospital.

A empregada doméstica Edna Rodrigues, 58, soube do atentado pela TV, no trabalho. “Fiquei apavorada. Minha irmã não sai da igreja”, disse ela, sobre a irmã, Lourdes, 78. Recebeu ligações da família dizendo que a irmã estaria morta e correu para o IML do cemitério dos Amarais. “Eu vim para cá, outro foi para outro cemitério, outro foi para o hospital. Ficamos desesperad­os”, conta.

No IML, soube que a irmã estava no hospital, em bom estado de saúde, que havia sido atingida de raspão e não precisaria ser operada.

“Graças a Deus, que alívio. Mas não vou sair daqui. Quero ver a cara dele [atirador]. O que ele fez não se faz.”

Os bombeiros informaram que alguns sobreviven­tes passaram por cirurgia para retirar projéteis que atingiram partes vitais.

 ?? Reprodução/redes sociais ?? Mulher é atendida por policial militar na Catedral de Campinas, após o ataque do atirador ontem à tarde; alguns sobreviven­tes tiveram de passar por cirurgia para a retirada de partes de balas que ficaram no corpo
Reprodução/redes sociais Mulher é atendida por policial militar na Catedral de Campinas, após o ataque do atirador ontem à tarde; alguns sobreviven­tes tiveram de passar por cirurgia para a retirada de partes de balas que ficaram no corpo
 ?? Denny Cesare/folhapress ?? Pessoas se aglomeram em frente à Catedral de Campinas após atirador Euler Fernando Grandolpho fazer disparos; comércio fechou as portas e frequentad­ores da região central da cidade se assustaram com ataque
Denny Cesare/folhapress Pessoas se aglomeram em frente à Catedral de Campinas após atirador Euler Fernando Grandolpho fazer disparos; comércio fechou as portas e frequentad­ores da região central da cidade se assustaram com ataque

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