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Centro da cidade ficou em pânico com disparos na igreja

- (AH e FSP)

Os 22 tiros dados por Euler Fernando Grandolpho, 49, ontem dentro da Catedral de Campinas fizeram com que alguns comércios fechassem as portas, deixando frequentad­ores da região central da cidade em pânico.

“Entrei na igreja, a missa já havia terminado. Alguns minutos depois o atirador entrou e se posicionou na frente de um casal e atirou”, conta o aposentado Pedro Rodrigues, 66 anos. “Eu saí correndo, não houve gritaria, apenas correria. E ele continuou atirando. Eu tenho muita sorte de estar vivo.”

Segundo o educador social e ambientali­sta Gabriel Tonon da Silva, 25, ele estava na praça José Bonifácio, em frente à igreja, quando começou a ouvir os disparos. “Foi tudo muito rápido. Em instantes, vi um homem saindo com a mão no peito, sangrando. Ele levantou a outra mão pro alto. Parecia que queria avisar as pessoas sobre o perigo.”

Em seguida, o baleado, segundo a testemunha, se virou para dentro da igreja, se ajoelhou e caiu no chão. “Acho que ele queria morrer olhando para Jesus.”

O vendedor Jânio de Freitas Bonifácio, 47, saia para almoçar. “Vi o homem saindo sangrando no peito. Depois dele, uma senhora saiu sangrando pelo pescoço e também caiu em frente à igreja. Será que ele [atirador] não tem Deus coração?”. A moradora de rua, Artemis José de Oliveira, 40, viu o feridos saindo da igreja. “Pensei nos fieis que sempre nos ajudam”, afirma.

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