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Crime ocorre em meio a debate sobre ampliar porte de armas

- (FSP)

O ataque a tiros na Catedral Metropolit­ana de Campinas (SP) ocorre no momento em que o país debate a ampliação do porte e da posse de armas, uma das principais bandeiras de Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo dados do Exército, obtidos via Lei de Acesso à Informação pelo Instituto Sou da Paz, cerca de seis armas são vendidas por hora no mercado civil nacional. Neste ano, até 22 de agosto, haviam sido vendidas 34.731 armas no total.

“Nesse ritmo, teremos mais vendas em 2018 do que em 2016 e 2017, quando houve entre 40 e 47 mil. O brasileiro está buscando mais armas”, diz o diretor executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques.

Apesar do aumento nas vendas, o Estatuto do Desarmamen­to, aprovado em 2003 e afrouxado nos últimos anos, corre o risco de ser desmantela­do a partir de 2019, no que depender do novo presidente.

O estatuto regulou o acesso a armas e restringiu o porte e a posse em todo o país.

O senador eleito por SP Major Olímpio (PSL) comentou o ataque em Campinas e a questão do porte de armas. “É uma tragédia. Mas a arma dele lá era legal? Ele tinha porte de arma? As armas envolvidas em crimes quase que em sua totalidade são ilegais”, disse. Olímpio chamou o Estatuto do Desarmamen­to de farsa.

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