Polícia diz que atirador não tem antecedentes criminais
Nas redes sociais, autor dos disparos afirma ser analista de sistemas e ter estudado na Unicamp
Campinas Segundo a Polícia Civil, Euler Fernando Grandolpho, 49, não tinha passagens pela polícia. Os únicos registros em que o nome dele consta são dois boletins de ocorrência de injúria, em que aparece como vítima. A data do registro dos documentos não foi informada.
O delegado titular do Deinter 2, José Henrique Ventura afirmou que um delegado da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) se deslocou até o endereço de residência de Grandolpho, em Valinhos (88 km de SP), para obter mais informações, inclusive sobre com quem ele morava. Ele ainda afirmou que, aparentemente, o atirador não tinha “nenhuma relação” com as vítimas. “Pelo que a gente tem de informação, ele nunca teria sido visto aqui [na igreja]”, afirmou.
O delegado classificou o atirador como “uma pessoa fora de qualquer suspeita em condições normais” e disse que a polícia ainda não sabe a motivação do crime, que está sendo investigada.
Nenhum bilhete ou recado foi encontrado com o atirador. Ele levou à igreja uma mochila, dentro da qual, segundo o delegado, havia, além de munição, somente documento de habilitação, que ajudou na identificação.
Segundo nota do MP (Ministério Público), Grandolpho trabalhou como auxiliar de promotoria, sem informar onde. “Exonerou-se de sua função no dia 3 de julho de 2014”, diz a nota, que não dá mais detalhes sobre as atividades do atirador no MP.
Em uma rede social, Grandolpho mantinha oito amigos. No fim da tarde, um deles deixou de seguir o atirador. Ainda na rede, o atirador diz ter estudado no colégio técnico da Unicamp.
Segundo o major Adriano Augusto Leão, da Polícia Militar, Grandolpho “demonstrava saber atirar”.