CPTM registra crescimento de uso
Quem também viu aumentar sua fatia na participação da mobilidade na Grande São Paulo foi a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que passou de 2% para 3% dos deslocamentos (de 800 mil para 1.300 viagens/dia).
Embora não tenha ampliado sua rede, a companhia ganhou novos trens, reduziu intervalos e reformou estações, aumentando sua atratividade. O sistema, porém, ainda carece de investimentos em infraestrutura.
Desde 2007, tem aumentado também a integração entre metrô, trens e ônibus, por conta de melhorias no Bilhete Único, por exemplo.
“É possível e desejável que o ônibus esteja se complementando melhor com o metrô, que é um meio de transporte estruturante”, afirma Francisco Christovam, do Spurbanuss.
Diante de uma nova licitação da Prefeitura de São Paulo que deve contratar as empresas de ônibus para os próximo 20 anos, ele diz que os contratos devem estar preparados para prestar serviços mais modernos.
“Espero que a licitação nos ajude a não perder passageiro para os aplicativos [tipo Uber, 99 e Cabify], mas que sejamos mais flexíveis. Para Christovam, serviços de ônibus menores e mais confortáveis sob demanda podem ser uma alternativa.
Pela primeira vez desde 1967, quando a pesquisa começou a ser feita, foi medida a presença de viagens acionadas por aplicativos. Essa categoria já soma 362 mil viagens por dia.
Outra constatação é a de que os trajetos feitos unicamente a pé seguem sendo a maioria, com 31% dos deslocamentos.
Já as viagens de automóvel, embora tenham crescido em números absolutos —de 10,4 milhões para 11,3 milhões—, mantiveram-se estáveis na comparação com o restante dos deslocamentos.
No computo geral, a participação das viagens em transportes coletivos caiu levemente, de 54,3% para 54,2%, em dez anos.