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Comissão aprova fim de foro privilegia­do

- (FSP)

Em votação relâmpago, comissão especial da Câmara aprovou ontem proposta que extingue o foro especial por prerrogati­va de função em caso de crimes comuns.

Aprovado pelo Senado em maio do ano passado, a PEC (Proposta de Emenda à Constituiç­ão) segue para análise do plenário da Câmara.

Com intervençã­o federal em vigor no Rio de Janeiro e em Roraima, o Congresso não pode votar alterações na Constituiç­ão. Com isso, a votação do texto em plenário vai ficar para 2019.

A proposta extingue o foro especial para todas as autoridade­s em crimes comuns, com exceção dos presidente­s da República, da Câmara, do Senado e do STF (Supremo Tribunal Federal), além do vice-presidente da República. Estes continuari­am a ser julgados pelo Supremo.

Todos as demais autoridade­s incluindo ministros, parlamenta­res, governador­es e prefeitos poderiam ser processado­s na Justiça de primeira instância.

Pela legislação atual, ministros, senadores e deputados federais só podem ser julgados pelo STF. Já governador­es e deputados estaduais só podem ser processado­s pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O texto aprovado também extingue o foro privilegia­do nos casos de crimes comuns cometidos pelo Procurador­geral da República, por membros do Ministério Público da União, desembarga­dores dos Tribunais de Justiça e membros de Tribunais de Contas estaduais e municipais. Para votar a proposta, os deputados fizeram um acordo para suspender as votações no plenário principal da Casa na tarde desta terça. Isso porque comissões não podem deliberar enquanto o plenário vota.

Nesse intervalo, os membros da comissão se reuniram e aprovaram a proposta. A tramitação da proposta foi iniciada no ano passado, depois que o STF começou a discutir a restrição do foro para parlamenta­res. Em maio deste ano, o Supremo decidiu restringir o foro especial para deputados federais e senadores.

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