Viagens na metrópole
A principal mudança no transporte coletivo na Grande São Paulo entre 2007 e 2017 foi o aumento do uso de meios sobre trilhos. É o que mostra a pesquisa Origem Destino do Metrô, o mais expressivo retrato da mobilidade na região metropolitana.
Realizado a cada dez anos, o levantamento serve de base tanto para políticas de governo como para investimentos do setor privado.
Juntas, as redes de trens da CPTM e do Metrô respondiam em 2007 por 7,9% das viagens. Em 2017, a fatia cresceu para 11,3%.
No mesmo período, o ônibus perdeu espaço: sua participação caiu de 23,7% para 20,7%. Esses veículos seguem como principal meio de transporte público, com 8,6 milhões de viagens por dia, ante 3,4 milhões realizadas por metrô.
Já os automóveis ainda respondem pela maior parte dos deslocamentos, com os mesmos 27,3% verificados no levantamento anterior.
Os aplicativos de transporte, que não existiam em 2007, já representam o triplo das corridas de táxi (362 mil contra 113 mil). Somados, táxis e aplicativos fazem 1,2% das viagens diárias.
A expansão das linhas do metrô, que passaram de 61 km para 90 km em dez anos, foi decisiva para o aumento da quantidade de viagens sobre trilhos.
Pena que os progressos ficaram abaixo do prometido. A projeção oficial para o ano passado tinha 60 km a mais.
Ainda há muito a avançar. É preciso ampliar a rede de metrô, progredir no planejamento de modernos corredores de ônibus e reforçar a integração entre os diferentes meios. Grupo Folha