Enterro tem segurança reforçada
Campinas Cerca de 50 familiares e amigos acompanharam na tarde de ontem o velório e o enterro de Euler Fernando Grandolpho. A cerimônia reservada, no Cemitério Parque Flamboyant, ocorreu entre pedidos de “infinita misericórdia de Deus”, cantos e rezas católicas.
Os brados se alternavam com o silêncio absoluto. Ainda em choque, os parentes evitavam comentar as circunstâncias da morte. A cerimônia foi fechada à imprensa, e a segurança na porta do cemitério foi reforçada.
O padre Antônio Geraldo, da paróquia Cura D’ars (frequentada pelo pai de Euler), evitou falar sobre o crime, mas usou passagens da Bíblia para enfatizar o perdão dos pecados. “Se formos nos deter apenas para o fato acontecido ontem [terça-feira], nós mergulhamos na mais completa desesperança. Na angústia, na dor, e até nas sombras da morte”, disse, ao lado do pai do atirador, Eder, que, muito abalado, limitouse a agradecer por duas vezes a presença de amigos e parentes ao enterro.
Euler não era católico, não frequentava a igreja e se suicidou, atitude vista como pecado pela religião cristã.
Segundo amiga de infância, há quatro anos Euler ouvia vozes, tinha alucinações e foi diagnosticado com depressão e esquizofrenia.