Doria e Covas viram réus por irregularidades no Carnaval
Tribunal de Contas do Município apontou sete problemas na contratação de empresa pela gestão
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e o governador eleito João Doria (PSDB) viraram réus na ação civil de improbidade administrativa, movida pelo MP (Ministério Público) de São Paulo, por supostas irregularidades no Carnaval de rua de 2017 e 2018. Se condenados, os dois podem perder as funções públicas e suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos.
A juíza da 6ª Vara Cível da Fazenda Pública, Alexandra Fuchs de Araujo, acolheu a denúncia que teve a Dream Factory Comunicação e Eventos, também citada na ação como ré e que com sede no Rio de Janeiro, como a vencedora nos editais para organização e execução da festa popular na cidade. A empresa tem entre os sócios Roberto e Roberta Medina.
A Justiça também colocou no banco dos réus os ex-secretários da gestão João Doria, na época, Anderson Pomini (Justiça) e Claudio Carvalho de Lima (Prefeituras Regionais). Todos estão sendo notificados para defesa.
Para o promotor do Patrimônio Público e Social de São Paulo, Nelson Luís Sampaio de Andrade, são, pelo menos, sete irregularidades apontadas pelo próprio TCM (Tribunal de Contas do Município) no processo licitatório para escolha da Dream Factory. O contrato entre a prefeitura e a empresa de eventos custou R$ 15,9 milhões.
Na petição inicial, inclusive, o representante do MP aponta que o edital para escolha da empresa foi realizado por chamamento público no Diário Oficial da cidade.
“Caberia, nesta situação, a adoção de procedimento licitatório de concorrência, visto que é plenamente possível a existência de outras empresas interessadas”, diz.