Bolsonaro defende mais mudanças na CLT
Presidente eleito disse ontem que é preciso aproximar lei da informalidade no mercado de trabalho
Em reunião fechada com deputados do DEM, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), defendeu ontem mudanças nas leis trabalhistas para que elas se aproximem da “informalidade”.
“No que for possível, sei que está engessado o artigo sétimo [da Constituição, que trata de direitos como 13º salário e férias], mas tem de se aproximar da informalidade”, disse ele, em Brasília.
Bolsonaro voltou a afirmar que é muito difícil ser empresário. “Ser patrão no Brasil é um tormento.”
As declarações do presidente constam de vídeo publicado no Facebook do deputado federal Francisco Floriano (DEM-RJ), que transmitiu parte do encontro ao vivo. Bolsonaro afirmou ainda que, se tiver clima, vai ‘resolver o problema‘ do Ministério Público do Trabalho.
“O Ministério Público do Trabalho, por favor, se tiver clima, a gente resolve esse problema. Não dá mais para continuar quem produz sendo vítima de uma minoria, mas uma minoria atuante.”
O presidente eleito criticou o órgão por não ter hierarquia, comparando com a estrutura militar: “Cada um faz o que bem entende”.
Eleito com discurso de liberal na economia, sob a tutela de Paulo Guedes, que será ministro da área, Bolsonaro promete fazer reformas a partir de 2019, entre elas, uma nova revisão da CLT.
Em suas declarações sobre o tema, diz que seu governo pretende rever os pontos que não interferirem no artigo 7º da Constituição. Bolsonaro faz a ressalva após polêmica durante a campanha envolvendo o 13º salário.
Dentre as mudanças já anunciadas está o fim do ministério do Trabalho, dividido em três pastas.