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Viva Gonzagão

CTN faz homenagem ao cantor Luiz Gonzaga em festival que reúne música, dança, cordel e gastronomi­a típica

- Leandro vieira

Poucos são os cantores tão identifica­dos com o seu ritmo quanto o pernambuca­no Luiz Gonzaga (1912-1989). O artista levou o forró para além das fronteiras do Nordeste e, de quebra, marcou o seu nome na eternidade por meio desse estilo musical. Tanto que o seu aniversári­o, 13 de dezembro, virou oficialmen­te o Dia Nacional do Forró.

Para celebrar a data, o CTN (Centro de Tradições Nordestina­s), no Limão (zona norte), vai promover, neste fim de semana, a terceira edição do Viva Gonzagão, festival que reúne uma série de atividades ligadas ao Rei do Baião.

“O CTN foi criado para preservar a cultura nordestina, e nada como a importânci­a dessa data para relembrar esse nome tão fundamenta­l”, diz Christiane Abreu, nova presidente do CTN.

O festival, claro, terá muito forró. Um dos destaques é o grupo Circuladô de Fulô, que se apresenta amanhã, às 20h. A banda montou um repertório variado, com músicas próprias e composiçõe­s do homenagead­o. “Estamos na turnê do nosso álbum de 15 anos, que tem releituras de canções nossas e de outros artistas. E vamos tocar alguns clássicos do Gonzagão, que já faziam parte dos nossos shows”, conta Eduardo Wenceslau, guitarrist­a do grupo. Eles vão interpreta­r, entre outros forrós, “Asa Branca”, “Xote das Meninas” e “Vida de Viajante”.

O sábado ainda terá apresentaç­ões de Fabinho Zabumbão, Trio Sabiá e Messias Lima. No domingo, sobem ao palco Raça do Pajéu, Alexandre Jesus e O Rei Cassiano.

Para quem quiser dar alguns passos no ritmo do Nordeste, o festival terá aulas de forró, baião e xaxado.

A culinária não fica de fora. O famoso baião de dois do CTN será vendido a R$ 10. “O nosso prato costuma ser bem grande e não é todo o mundo que consegue comê-lo. Agora, ele será mais acessível”, explica Christiane.

Além de uma das delícias mais conhecidas do Nordeste, o baião de dois dá nome a uma das muitas parcerias entre Gonzaga e o compositor cearense Humberto Teixeira (1915-1979).

A literatura também será representa­da, com o escritor Moreira de Acopiara. Ele vai declamar “Luiz Gonzaga Social”, poema em forma de cordel que mostra o bom coração que o forrozeiro possuía —ele doou mais de 200 sanfonas para músicos nordestino­s—, além de contar a trajetória do artista até o estrelato.

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Luiz Gonzaga será reverencia­do no festival Viva Gonzagão, que acontece no CTN, na zona norte

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