Com crise, brasileiro reduz contas básicas
Oito em cada dez (79%) brasileiros mudaram seus hábitos, com destaque para a pesquisa de preços (59%) antes da aquisição de algum produto — percentual que chega a 68% nas classes A e B, segundo pesquisa feita pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com o Banco Central.
Além disso, 56% passaram a limitar gastos com lazer e 55% a controlar despesas pessoais. Mais da metade (54%) dos entrevistados procurou reduzir o consumo de luz, água e telefone. Outros 53% passaram a ficar atentos às promoções em busca de preços menores, enquanto 46% substituíram produtos por marcas similares mais baratas e 42% admitem ter incorporado em sua rotina a prática de pechinchar.
As mudanças no padrão de vida para driblar as dificuldades causaram impactos emocionais nos brasileiros, que viram seu poder de compra cair. Para 32% dos entrevistados, a vontade de ter algo e não poder tem provocado uma sensação de impotência. Já 26% mostram-se constrangidos por não conseguir dar à família o que desejam e 25% demonstram frustração por deixar de comprar produtos que gostam. Já parcela considerável (37%) se diz satisfeita por manter, ao menos, gastos essenciais e outra aliviada (33%) por não estourar o orçamento.
Considerando um cenário mais favorável para 2019, com a retomada dos empregos e o acesso ao crédito, os dados indicam que a maioria pretende continuar com hábitos adquiridos na crise. O principal item apontado é a economia de luz, água e telefone —foram 71% dos entrevistados.