Timão “treina” versão ofensiva em Londrina
Cabresto de cavalo e rabichola, eu tenho pra vender, quem quer comprar, farinha, rapadura e graviola, eu tenho pra vender, quem quer comprar, pavio de candeeiro, panela de barro, menino vou me embora, tenho que voltar... Jogando com a torcida toda a favor, em Londrina, e com a vantagem do empate, o “visitante” Corinthians enfrenta o “mandante” Ferroviário, no primeiro mata-mata da Copa do Brasil.
O dinheiro comprou a decência, o negócio goleou o esporte! E a graça do confronto (que é justamente equipes de menor expressão, que não disputam a Série A, receber o grande em sua casa, dando a chance de sua torcida ver um grande jogo e ídolos de outros centros) foi morta pelos coveiros-negociantes do futebol. Lamentável quem vende, quem compra e quem aceita. A pequena possibilidade de o Ferrinho aprontar e avançar na competição acabou. Em Londrina, a chance de o Timão não se classificar é a mesma de Deyverson ganhar o Nobel da Educação ou ser contratado para jogar no Corinthians: nenhuma!
Avacalhação realçada à parte, o treinador Fábio Carille tem uma ótima oportunidade, um jogo-treino travestido de mata-mata, para promover a reestreia de Vagner Love e testar um Corinthians diferente, com uma formação tática mais ofensiva, com dois atacantes: Vagner Love dialogando com o centroavante.
Vencer o Dérbi, seja como for —e foi com um 4-1-4-1, inclusive com Gustagol voltando para marcar no bloco defensivo—, ainda mais na casa rival, vale muito. Mas o ano não acabou e não se resume ao Dérbi. E o Corinthians precisará jogar mais do que fez no Allianz se quiser dar volta(s) olímpica(s) na temporada. Vai, Corinthians! Alô, povão, agora é fé! Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!