Chuveirinho vira martírio para o Timão
Time alvinegro sofre com bolas cruzadas na área de Cássio e dá trabalho para Carille arrumar a defesa
Especialidade do técnico Fábio Carille, o sistema defensivo do Corinthians ainda não encaixou nesta temporada. Pelo contrário, tem dado calafrios na Fiel, sobretudo nas bolas cruzadas na área de Cássio. Os chuveirinhos originaram seis dos oito gols que a equipe alvinegra sofreu em sete partidas.
Destes duelos, o que mais deixou a Fiel preocupada ocorreu anteontem, quando o Timão empatou por 2 a 2 com o Ferroviário-ce, recémpromovido à Série C, em duelo pela Copa do Brasil.
Os dois tentos cearenses nasceram de jogadas aéreas, que contaram com falhas da dupla de zagueiros Manoel e Henrique. O alvinegro, aliás, só avançou à fase seguinte do mata-mata pelo critério que dá vantagem ao visitante de jogar pelo empate.
Na última rodada do Paulista, nem mesmo a vitória sobre o Palmeiras, na casa do rival, por 1 a 0, escondeu a fragilidade da defesa do Timão. O arquirrival conseguiu acertar 15 cruzamentos e só não balançou as redes porque pecou nas cabeçadas.
Nas duas partidas, foi possível notar o goleiro Cássio chamando a atenção dos zagueiros diversas vezes. Contra o Ferroviário, Henrique e Manoel completaram o terceiro jogo seguido como titulares. Além do Dérbi, atuaram na derrota para o Red Bull, 2 a 0, com dois gols oriundos de chuveirinhos.
O problema tem tirado o sono do técnico Fábio Carille, mas ele considera que o time todo precisa melhorar para não sobrecarregar tanto o sistema defensivo corintiano.
“A gente tem que melhorar o nosso jogo, nosso conjunto, estou acelerando [esse processo] para definir o quanto antes uma forma de jogar, tenho dúvidas ainda. Mas tenho que definir para que eles saibam o quanto antes o que fazer com bola e sem bola”, disse o técnico.
Amanhã, o Corinthians voltará a campo pelo Paulistão, para enfrentar o Novorizontino. Pelo desgaste dos últimos jogos, Carille deve promover mudanças no time e, consequentemente, interromper essa busca por um padrão de jogo definido.
“Vai ser questão de dar um gás, colocar o elenco para rodar. Quero ver jogadores iniciando para ter entendimento melhor do que a gente tem no Corinthians”, alega.