Carille no divã
Com problemas em todos os setores no campo, técnico sofre para achar formação ideal do Corinthians
A três dias do principal desafio do Corinthians neste início de temporada —o duelo contra o Racing-arg, pela Copa Sul-americana—, Fábio Carille ainda não conseguiu achar uma formação ideal.
Quase a metade das vagas da equipe está aberta e o treinador tem dúvidas em todos os setores. A princípio, Cássio, Fagner, Ralf, Jadson e Gustagol são os únicos com lugar garantido no time.
Curiosamente, nenhum dos 12 reforços que o clube contratou para a temporada conquistou o seu espaço.
As demais posições já foram ocupadas por vários jogadores, mas ninguém conseguiu se firmar. A defesa e o meio de campo são as maiores preocupações.
Nem o esquema tático, aliás, está definido. Carille tem alternado o 4-1-4-1 e o 4-2-3-1. As variações, muitas vezes, ocorrem até mesmo durante as partidas.
Especialidade de Carille, a defesa alvinegra tem sido uma peneira neste ano. Em sete jogos oficiais, foi vazada oito vezes. Como o ataque só fez seis gols, o Timão amarga um saldo negativo até aqui.
Muito disso se deve às atuações irregulares de Henrique, Manoel, Léo Santos, Marllon e Pedro Henrique, que já formaram cinco duplas de zaga diferentes. A parceria entre Henrique e Manoel foi a que mais se repetiu, em três partidas.
Mesmo tendo atuado nos sete jogos do time, seis como titular, Danilo Avelar também não tem vaga certa por suas atuações irregulares.
Na quinta-feira, ele vai cumprir suspensão e Carlos será o titular na esquerda.
À frente da zaga, fora a proteção de Ralf e os lampejos de Jadson, falta criatividade. Carille tem três dias para dar uma cara ao time.