Marcola e mais 21 líderes de facção são transferidos
Operação contou com forte esquema de segurança. Detentos foram para presídios de outros estados
O chefe máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Camacho, o Marcola, foi transferido na manhã de ontem para um presídio federal. O destino seria o de Porto Velho (RO).
Também foram transferidos outros 21 membros da facção, grande parte também integrante da cúpula. O irmão de Marcola, Alejandro, o Marcolinha, está entre eles.
Outros líderes são Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal, e Júlio César Guedes de Moraes, o Carambola.
Em 2006, a transferência de presos da facção criminosa PCC para o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau (a 611 km de SP) levou à maior onda de violência no estado como ataques às forças de segurança (leia mais ao lado).
A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) também realizou revistas em praticamente todas as unidades do estado para tentar inibir eventuais rebeliões.
Os presos foram transportados em um avião das Forças Armadas a partir do aeroporto de Presidente Prudente, cidade vizinha a Presidente Venceslau. Além de Porto Velho, eles foram para Brasília e Mossoró (RN).
O governo federal autorizou a presença das Forças Armadas para fazer a segurança no entorno dos presídios.
A GLO (Garantia da Lei e da Ordem) decretada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ontem permite a proteção nos locais até o dia 27.
Sete tiveram a transferência definida em 2018 por causa de envolvimento em crimes investigados na operação Echelon, com ordem para ataques a agentes públicos e morte de rivais.
Já Marcola, por conta da descoberta em 2018 de um plano de fuga que utilizaria até um exército de mercenários para o resgate dele.
No fim do ano, duas mulheres foram presas com suposta carta com ordem dele para matar o promotor Lincoln Gakiya, responsável pelo pedido de transferência.