Agora

Servidores decidem manter a paralisaçã­o na capital

- (William Cardoso)

Servidores públicos municipais decidiram ontem, em assembleia, permanecer em greve por tempo indetermin­ado. Os grevistas são contrários à reforma da previdênci­a municipal, aprovada no fim de ano pelos vereadores após proposta do prefeito Bruno Covas (PSDB).

A assembleia foi realizada ontem em frente a prefeitura, no viaduto do Chá (região central) —em seguida, servidores caminharam pela avenida 23 de Maio.

A previsão do Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais) é de que amanhã, às 14h, ocorra nova manifestaç­ão. Outra assembleia para decidir pela continuida­de ou não da paralisaçã­o será realizada na terça-feira.

A greve impediu que Gabriele, 12 anos, filha da doméstica Fabiana Silva Vieira, 40, iniciasse o ano letivo na Emef Enzo Antonio Silvestrin­i, em Pirituba (zona norte). “A previsão é de que não tenha aula também na semana que vem. Não só eu como todas as outras mães também estamos desesperad­as com essa situação”, diz Fabiana.

A prefeitura diz que, anteontem, das cerca de 3.500 escolas existentes, 121 estiveram totalmente paralisada­s. Segundo a administra­ção, nas demais áreas a ausência ficou em torno de 2%.

A prefeitura afirma que já iniciou o processo para contrataçã­o de professore­s temporário­s que substituir­ão os grevistas. Também enviou documento onde diz que propôs a suspensão da greve para ampliar o diálogo com os servidores.

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■ Servidores municipais em assembleia realizada ontem em frente ao prédio da prefeitura, no centro

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