Servidores decidem manter a paralisação na capital
Servidores públicos municipais decidiram ontem, em assembleia, permanecer em greve por tempo indeterminado. Os grevistas são contrários à reforma da previdência municipal, aprovada no fim de ano pelos vereadores após proposta do prefeito Bruno Covas (PSDB).
A assembleia foi realizada ontem em frente a prefeitura, no viaduto do Chá (região central) —em seguida, servidores caminharam pela avenida 23 de Maio.
A previsão do Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais) é de que amanhã, às 14h, ocorra nova manifestação. Outra assembleia para decidir pela continuidade ou não da paralisação será realizada na terça-feira.
A greve impediu que Gabriele, 12 anos, filha da doméstica Fabiana Silva Vieira, 40, iniciasse o ano letivo na Emef Enzo Antonio Silvestrini, em Pirituba (zona norte). “A previsão é de que não tenha aula também na semana que vem. Não só eu como todas as outras mães também estamos desesperadas com essa situação”, diz Fabiana.
A prefeitura diz que, anteontem, das cerca de 3.500 escolas existentes, 121 estiveram totalmente paralisadas. Segundo a administração, nas demais áreas a ausência ficou em torno de 2%.
A prefeitura afirma que já iniciou o processo para contratação de professores temporários que substituirão os grevistas. Também enviou documento onde diz que propôs a suspensão da greve para ampliar o diálogo com os servidores.