Prefeitura usará drones no Carnaval de rua da capital
A Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), anunciou que, no lugar de câmeras em postes, vai monitorar os desfiles dos blocos de Carnaval deste ano com uso de drones. O objetivo é evitar acidentes como o que vitimou o estudante Lucas Antônio Lacerda da Silva, no ano passado.
Silva morreu eletrocutado ao encostar em um poste de sinalização e cair sobre uma grade de ferro instalada na esquina das ruas da Consolação e Matias Aires, na região central. O caso ocorreu durante desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta.
No poste, estavam instaladas duas câmeras da empresa GW Systems, terceirizada da Dream Factory, organizadora do Carnaval de rua em 2018, para fazer o monitoramento dos foliões. A instalação foi uma exigência da prefeitura à vencedora da concorrência para a captação de patrocínio para a festa.
Mais seguro
“[O uso de drones] é mais seguro porque não energiza postes”, disse o secretário das Subprefeituras, Alexandre Modonezi, responsável pela organização do Carnaval de rua. “Vamos mudar a logística das grades de ferro. A Spturis vai usar sua experiência de organização de grandes eventos, como Marcha para Jesus, para instalar as grades”, completou.
Desde o fim de 2017, a legislação que regulamenta o uso de drones permite o uso do equipamento por forças policiais sem restrições.
Em junho do ano passado, a Polícia Civil indiciou quatro pessoas pela morte do jovem. A prefeitura diz que as duas câmeras de segurança foram instaladas de forma irregular no poste. Diz que não havia autorização para colocá-las no poste nem para ligá-las por meio de fios esticados até um poste de energia, este sob a responsabilidade do Ilume, departamento de iluminação pública da capital.