Bolsonaro tem alta depois de ficar 17 dias no hospital
Depois de internação mais longa do que a previsão, presidente permanecerá no Palácio do Alvorada
Depois de 17 dias internado, o presidente Jair Bolsonaro recebeu alta do hospital Albert Einstein, em São Paulo ontem e permanecerá no Palácio da Alvorada em descanso até o fim de semana —com uma equipe médica.
Submetido em 28 de janeiro a uma cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e retirada da bolsa de colostomia (um dia após ser internado), Bolsonaro deveria ter alta após dez dias, pela previsão inicial, mas teve sua saída postergada diante de uma pneumonia.
O presidente deixou o hospital às 12h20 com destino ao aeroporto de Congonhas, de onde embarcou no avião presidencial para Brasília.
“Os médicos prescreveram que ele se mantenha em descanso e faça uma autoavaliação de receber ou não ministros”, disse o porta-voz Otávio do Rego Barros.
Em nota, a equipe médica disse que Bolsonaro recebeu alta “com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral”.
A cirurgia pela qual passou foi a terceira em decorrência do ataque a faca ocorrido em setembro, durante campanha em Juiz de Fora (MG).
Desde a segunda o presidente estava em um apartamento no hospital. A nutrição parenteral (por via endovenosa) foi suspensa e os médicos introduziram uma dieta leve, que prosseguiu na terça, com suplementos.
Nesta quarta, Bolsonaro acordou sem febre. Ele se alimentou de um mini pão francês, dois biscoitos água e sal e uma fruta cozida.
Segundo a equipe médica, após o diagnóstico de pneumonia, a evolução clínica foi considerada boa.
No período em que ficou internado, Bolsonaro fez exercícios de fisioterapia respiratória e motora e caminhadas fora do quarto. Foram tomadas medidas de prevenção de trombose.
Provocação
Em mensagem em rede social, publicada no instante em que decolava para Brasília, Bolsonaro comemorou a alta e voltou a citar o PSOL, partido ao qual foi filiado o autor do ataque a faca, Adélio Bispo de Oliveira. O partido opositor tem reclamado dessas menções em declarações do ex-presidente.
“Finalmente deixamos em definitivo o risco de morte após a tentativa de assassinato de ex-integrante do PSOL. Só tenho a agradecer a Deus e a todos por finalmente poder voltar a trabalhar em plena normalidade”.
O porta-voz disse que não há definição de datas para as próximas viagens.