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Novo álbum dos Backstreet Boys, ‘DNA’ entrega quatro ótimas canções e dá novo fôlego à banda pop

- Rafael gregorio

Daqui a 25 anos, “DNA”, o disco que marca o retorno dos Backstreet Boys, será provavelme­nte lembrado como trabalho de segundo escalão na discografi­a do grupo. Se assim acontecer, terá sido uma vitória.

Afinal, quando os oito discos anteriores da boy band são analisados, o que se vê é um cenário bastante irregular. Os três primeiros álbuns, “Backstreet Boys” (1996), “Backstreet’s Back” (1997) e “Millennium” (1999), poderiam ser apresentad­os a um alienígena interessad­o em saber o que os terráqueos mais ouviam no fim do século 20. Hits daqueles trabalhos, como “Quit Playin’ Games (With My Heart)” e “As Long as You Love Me”, captaram o espírito de época da música pop e povoaram sonhos de mais de uma geração de adolescent­es.

Acionaram uma máquina de réplicas (‘N Sync, Westlife, Jonas Brothers) que parecia não ter fim —e, de certa forma, não teve mesmo, como mostra o k-pop sul-coreano— e influencia­ram até grupos de pop rock das décadas, como Maroon 5 e Coldplay

Os cinco lançamento­s seguintes, contudo, foram direto para a gaveta dos dispensáve­is; o grupo perdia fôlego e era pouco a pouco escanteado das paradas.

Com arranjos maduros e boas melodias, esse novo disco inaugura, portanto, uma segunda divisão na discografi­a dos Backstreet Boys.

Do trabalho são marcas principais as arquitetur­as vocais bem trabalhada­s, sobre as quais se erguem letras a respeito da passagem do tempo e de relacionam­entos.

Ao encontro do momento família, os senhores deixam de implorar “fique comigo” e passam a cantarolar algo como “vamos fazer as pazes e viajar sem as crianças?”. (FSP)

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