Ministro autorizou repasses do PSL, aponta ata assinada por ele
Ata de uma reunião da Executiva do PSL realizada em 11 de julho do ano passado mostra que o partido do presidente Jair Bolsonaro definiu Gustavo Bebianno, então presidente interino da sigla, como o responsável pela distribuição de verbas públicas a candidatos nos estados na eleição de 2018.
O encontro também decidiu os critérios eleitorais que deveriam balizar os repasses dos fundos de campanha.
Desde que a reportagem revelou o esquema de candidaturas laranjas do PSL em estados, Bebianno, ministro da Secretaria-geral da Presidência, tem dito que as decisões sobre as chapas estaduais foram das direções regionais e que ele cuidou só da eleição presidencial.
De acordo com a ata da reunião de julho, porém, houve uma votação e, por unanimidade, ficou decidido que caberia “ao presidente da Comissão Executiva Nacional do PSL decidir sobre a distribuição dos recursos”.
Na sequência, o documento trata dos critérios que deveriam ser seguidos para a liberação das verbas, “levando em consideração a prioridade de reeleição dos atuais mandatários, a probabilidade de êxito das candidaturas, bem como a estratégia político-eleitoral do partido em âmbito nacional, no tocante ao crescimento de suas bancadas na Câmara e no Senado”. A primeira assinatura da ata é a do hoje ministro.