Meio adormecido
Meio de campo do Timão hiberna sem Júnior Urso e a Fiel torce por recuperação do volante até a final
A atuação do Corinthians na partida com a Chapecoense, pela Copa do Brasil, ligou o sinal de alerta para o comandante Fábio Carille refletir sobre a final do Campeonato Paulista, no domingo, contra o São Paulo, na arena de Itaquera.
O treinador testou um meio de campo alternativo na derrota por 1 a 0, em Santa Catarina, mas viu uma apresentação ruim de todos os titulares daquele setor.
Com possibilidade remota de contar com o retorno do titular Júnior Urso, Carille quebra a cabeça para definir quem será o companheiro de Ralf no meio.
Urso sofreu uma lesão no músculo adutor da coxa direita durante o clássico contra o São Paulo, no domingo passado, no jogo de ida da final. O jogador também permaneceu em tratamento na capital e foi desfalque no jogo com a Chape.
A comissão técnica do Corinthians ainda não crava o desfalque do volante, mas mostra pessimismo. Ele continuará em tratamento nos próximos dias e a presença na final dependerá da evolução de seu quadro. A lesão detectada é considerada em grau moderado.
O cenário mais provável seria usar Richard, mas o jogador foi mal nas duas funções que tentou exercer em Chapecó. Como primeiro volante, até que não comprometeu, mas teve participação direta no gol adversário na bola parada: deu condição de jogo para Aylon definir o placar. Depois do intervalo, já como segundo volante, Richard tomou parte na saída de bola e nisso foi muito mal, errando passes simples e matando alguns ataques.
Os meio-campistas Ramiro, Sornoza e Jadson também ficaram devendo, por isso, o técnico admitiu preocupação após a partida.
“A gente tem que se preocupar, mas não ver fantasmas”, afirmou Carille. “Estamos tendo muita dificuldade ainda para jogar. Isso tem a ver com muitas coisas, o principal delas é meu trabalho, depois a tomada de decisão dos jogadores. Mas requer tempo de trabalho para fazer o time jogar bonito, como foi em 2015 e 2017.”
Parte da torcida pressiona o treinador por alternativas, porque pouca coisa tem dado certo no Corinthians em 2019. Se por um lado, a defesa mostra evolução, por outro, o setor criativo segue lento e dependente das arrancadas de Clayson ou dos cabeceios de Gustagol.
Por isso, tem torcedor roendo as unhas na esperança da recuperação de Urso antes das 16h de domingo, quando o Paulistão conhecerá seu campeão.