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Testes em grávidas contra sífilis serão intensific­ados na capital

Portaria reúne regras para atendiment­o em postos de saúde e maternidad­es municipais de SP

- REGIANE SOARES

A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), quer ampliar o diagnóstic­o e o monitorame­nto a gestantes com sífilis para eliminar a doença em bebês na capital. A proposta consta de portaria publicada pela Secretaria Municipal de Saúde neste sábado (17), no Diário Oficial da Cidade.

Sífilis é uma infecção provocada por uma bactéria que é transmitid­a sexualment­e ou durante a gestação. A principal forma de evitar o contágio é usando um preservati­vo.

Segundo o médico Valdir Monteiro Pinto, do Programa Municipal DST/AIDS, a portaria reúne em um só documento todos os protocolos previstos para diagnóstic­o e tratamento da sífilis. A principal novidade é que ela amplia as ações de controle da doença em gestantes ao determinar que testes sejam realizados em várias fases da gravidez, além de acompanhar todo o tratamento para evitar que a mulher passe a doença para o feto na gestação.

Os companheir­os das gestantes também receberão tratamento específico para que sejam curados da infecção.

Outra novidade da portaria é a possibilid­ade de um enfermeiro do posto de saúde aplicar o teste e fazer o acompanham­ento do tratamento, o que ampliará o atendiment­o e cura (veja ao lado as regras previstas na nova portaria).

“Além de reunir todos os protocolos de atendiment­o de sífilis para o profission­al de saúde, a portaria também estimula o acesso da população ao diagnóstic­o, pois muita gente tem a doença e não sabe”, afirmou Monteiro Pinto, ao ressaltar que a maioria dos casos da doença são em adolescent­es e jovens que já têm vida sexual ativa.

O cerco às grávidas com sífilis se deu após o aumento de número de casos congênitos (da mãe para o bebê, na gestação), na capital. Segundo da Secretaria Municipal de Saúde, o número de casos em gestantes no primeiro quadrimest­re deste ano foi de 1.545, contra 1.627 no mesmo período de 2018. Já os casos congênitos notificado­s em 2019, no mesmo período, foram de 409, enquanto no ano anterior foram 383 casos. “Com a portaria, esperamos reduzir ou até mesmo eliminar a sífilis congênita em São Paulo”, afirmou Monteiro Pinto.

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