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Witzel afirma que vai promover PMS que participar­am de ação

Governador do Rio de Janeiro falou em bravura ao comentar a morte de sequestrad­or de ônibus

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O governador do Rio de Janeiro, Wilton Witzel (PSC), afirmou que pediu a promoção dos policiais militares que participar­am da morte do sequestrad­or de um ônibus com passageiro­s na ponte Rio-niterói na manhã desta terça-feira (20).

“Já determinei a promoção dos atiradores por bravura. Eram vários, para ter vários ângulos. Foi uma ação que mostra quanto nossa polícia militar é preparada para preservar vidas”, disse Witzel, que foi ao local do sequestro após o desfecho e comemorou com socos no ar o fim da operação.

O governador afirmou que a Polícia Militar decidiu atirar contra Willian Augusto da Silva, 20 anos, porque ele “estava com isqueiro na mão no momento em que foi abatido, pronto para incendiar” o ônibus.

O governador negou ter participad­o da decisão sobre quando os snipers do Bope (Batalhão de Operações Especiais) deveriam atirar e defendeu a autonomia da Polícia Militar em suas operações.

Witzel e vários de seus auxiliares participar­am na tarde desta terça-feira (20) de entrevista no Palácio Guanabara, sede do governo, zona sul do Rio. Questionad­os sobre quem havia dado a ordem para que um sniper —camuflado em cima de uma viatura do Corpo de Bombeiros— atirasse, o governador e o comandante do Bope, tenente-coronel Maurílio Nunes, inicialmen­te afirmaram apenas que os protocolos da PM haviam sido seguido.

Diante da insistênci­a de repórteres no tema, Nunes admitiu ter dado a ordem para o atirador de elite.

Witzel também negou ter participad­o da decisão de como os policiais deveriam agir durante o sequestro. Segundo ele, o Bope teve autonomia para atuar de acordo com o treinament­o de seus policiais.

Ele também disse que a situação de terror “está acontecend­o nas comunidade­s” e que a polícia deve ter liberdade para matar quem estiver portando fuzil.

“Se não tivesse sido abatido, esse criminoso muitas vidas não teriam sido poupadas. Se a polícia puder fazer o trabalho dela e abater quem está de fuzil tantas outras vidas vão ser poupadas”, afirmou. (Folha e UOL)

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