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Especialis­tas dizem que decisão de atirar foi técnica e correta

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Um atirador de elite da Polícia Militar do Rio encerrou o sequestro de um ônibus na Ponte Rio-niterói ao matar o sequestrad­or Willian Augusto da Silva, 20.

Ao contrário da tragédia do ônibus 174, em 2000, os policiais não perderam a chance de abater o sequestrad­or quando tiveram a primeira oportunida­de.

“A ação foi correta, técnica. Todos os procedimen­tos foram adotados”, afirmou o ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) Paulo Storani.

Coronel da reserva da PM e ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho concorda. “Só quem está vivendo a situação, como o comandante, que é o gerente da crise, é quem tem a difícil tarefa de tomar a decisão. Ele julgou que o sequestrad­or não deveria voltar para o ônibus, e isso só seria possível por meio de um tiro.”

Ele disse que o Bope aprendeu com o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) a cuidar de casos assim.

“Depois do ônibus 174, as polícias desenvolve­ram um padrão de conduta para esse contexto”, diz. “Tem de ser feito por profission­al experiente, com patente.”

São três os principais responsáve­is pelo caso. O negociador, “que deixa claro ao sequestrad­or que não é ele quem toma a decisão”, o comandante da operação e o atirador de elite. “Também não se permite amadores, como advogados, juízes, padres ou governador.” (UOL)

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