Gestão tucana reduz em 38% o número de guardas no Ibirapuera
Principal parque da capital faz 65 anos e pode ter administração privada a partir de outubro
Ícone da capital paulista, o parque Ibirapuera chegou aos 65 anos nesta quartafeira (21) com cortes na segurança, situação que compromete a rotina de milhares de frequentadores.
A atual administração tucana tem reduzido os investimentos na área para o parque desde que assumiu a Prefeitura de SP, em 2017, então com João Doria, e desde 2018 com Bruno Covas.
Dados obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que entre janeiro de 2017, quando Doria assumiu a prefeitura, e junho de 2019 houve redução de 38,5% no contingente de guardas civis municipais alocados no parque.
Em janeiro de 2017, 135 guardas cuidavam da segurança do parque. No final de junho de 2019, 83 são responsáveis por cumprir as mesmas funções de realizar rondas, diariamente, a pé, com bicicletas, patins e veículos elétricos, cobrindo o 1,6 km² de área do parque.
Além disso, após aditamento de contrato com a empresa de vigilância Atento em setembro de 2017, o número de vigilantes foi reduzido em cerca de 11%, de 92 para 82. Com isso, o valor gasto anualmente com o contrato caiu de R$ 10,1 milhões para R$ 9 milhões.
O número de ocorrências oscilou no período. Em 2017, foram contabilizadas 190 ocorrências como furtos, roubos, uso de drogas e agressões, entre outras. No ano seguinte, caiu para 136 casos. Em 2019, entre janeiro e a segunda semana de agosto, 115 ocorrências foram atendidas.
Tudo indica que a empreiteira Construcap, que venceu a concorrência com proposta de R$ 70,5 milhões, irá administrar o Ibirapuera e outros cinco parques municipais ao longo de 35 anos. No Plano Diretor especificase somente que a GCM continuará a cuidar da segurança do público no parque, ao passo que a segurança patrimonial ficará sob responsabilidade da concessionária, que deverá apresentar um projeto pertinente posteriormente.