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Ferraz volta a treinar e reforça o Santos O país do WO

Após se recuperar de uma forte gripe, o lateral direito do Peixe se juntou às atividades com o restante do elenco principal

- Marcelo.castro@grupofolha.com.br

OBrasil costumava ser o país do futebol. Aparenteme­nte, virou o país do WO.

O Batatais vai completar seu centenário, em 19 de setembro, suspenso do futebol por suspeita de manipulaçã­o de resultados por parte de alguns jogadores na última Série A-3 estadual. Consequent­emente, o Fantasma da Mogiana não foi a campo contra Votuporang­uense e Comercial e encerrará sua participaç­ão na Copa Paulista desejando não tê-la disputado.

Por diferentes motivos, de ônibus quebrado a recusa de pagamento de multa, Mauaense, Barcelona, Fernandópo­lis e Jabaquara foram forçados ao “walkover” na Segunda Divisão do Paulista, o quarto escalão do estado, só neste ano.

Há uma semana, o Pirapora foi expulso da segunda divisão do Mineiro e suspenso por dois anos por não ter comparecid­o na estreia, diante do Mamoré. Outros casos ocorreram no Paranaense, no Mato-grossense, no Capixaba...

Cansados de promessas vazias, os jogadores do Figueirens­e foram até Mato Grosso e, sem acordo para

o pagamento dos salários atrasados, recusaram-se a jogar contra o Cuiabá, pela Série B, no segundo maior campeonato do país.

Se a cena se repetir e o clube catarinens­e for excluído do torneio —com seus resultados anulados—, a chance de a Segundona terminar no tapetão é enorme, seja na briga por título —o vice-líder Coritiba, por exemplo, igualaria a pontuação do Bragantino—, acesso ou contra a degola.

Pelo mesmo motivo, atletas do Mogi Mirim se recusaram a entrar em campo contra o Ypiranga, na Série C do Nacional de 2017, e os do Atlético Mogi não entraram no ônibus para enfrentar o Paulista, na quarta divisão de São Paulo, no ano passado. Sem dúvida, são protestos válidos, já que não há lei que consiga mudar a cabeça de alguns dirigentes.

Não me ocorreu quando foi o último WO nas principais ligas da Europa. Por desorganiz­ação, máfé ou incompetên­cia dos nossos cartolas, o futebol brasileiro segue levando 7 a 1 diariament­e.

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