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DESTAQUE DO DIA Prefeitura paga R$ 3,4 mi para custear UPA fechada ao público

Unidade de Pronto Atendiment­o em São Miguel Paulista não funciona, mas já recebe recursos

- REGIANE SOARES

A Secretaria Municipal de Saúde, gestão Bruno Covas (PSDB), repassou R$ 3,4 milhões à Casa de Saúde Santa Marcelina para pagar despesas da administra­ção da UPA (Unidade de Pronto Atendiment­o) Tito Lopes, em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, que ainda está fechada ao público.

A UPA fica ao lado do Hospital Municipal Tide Setúbal, cujo pronto-socorro está sempre lotado, e está com as obras concluídas.

A última promessa de entrega da unidade era junho de 2018. Porém, até agora ainda não foi aberta. No local funciona apenas uma base do Samu (Serviço de Atendiment­o Móvel de Urgência), e vigilantes tomam conta do imóvel.

Reportagem publicada em 4 de julho no Agora mostrou que a obra havia sido concluída há pelo menos três meses, tempo suficiente para que o mato tomasse conta do local. Na ocasião, a prefeitura disse à reportagem que a previsão de entrega da UPA Tito Lopes era “neste semestre”, sem dizer uma data específica.

Os repasses para “investimen­to e custeio” da UPA Tito Lopes estão no termo aditivo do contrato de gestão da unidade entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Casa de Saúde Santa Marcelina, e foi assinado em 17 de maio deste ano.

O documento inclui o serviço da UPA Tito Lopes na Supervisão Técnica de Saúde de São Miguel e o repasse recursos de R$ 19,3 milhões para a Santa Marcelina, sendo R$ 2,1 milhões para investimen­tos, que já foram destinados em maio para compra de equipament­os e material permanente.

Os R$ 17,2 milhões restantes serão destinados para o custeio da unidade de agosto a dezembro deste ano, sendo que por mês o repasse será de R$ 3,4 milhões.

Mesmo com a unidade fechada ao público e sem funcionári­os trabalhand­o, o repasse de agosto foi feito no início do mês.

O documento também prevê o quadro de equipe mínima de médicos que atenderão na unidade, que deverá funcionar 24 horas quando for aberta. Ao todo, estão previstos 25 médicos, entre clínicos, pediatras e ortopedist­as.

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