Novata de 34 anos retoma sonho de ser atleta no Parapan de Lima
Um dos destaques brasileiros nos Jogos Parapanamericanos de Lima, no Peru, a partir desta sexta-feira (23), a nadadora pernambucana Carol Santiago chega com o carimbo de quem já bateu duas vezes um recorde mundial.
Pode parecer estranho chamar de novata uma atleta de 34 anos e com um feito desses no currículo, mas a definição é apropriada para ela, que começou sua trajetória no paradesporto somente em outubro de 2018.
Carol nasceu com a síndrome de morning glory, uma alteração na retina que reduz o campo de visão. Ela começou a nadar quando criança e até uma certa idade se destacou mesmo contra nadadores sem deficiência. Com o passar do tempo, as viradas e a chegadas tornaram-se barreira para a limitação de visão.
A dificuldade atingiu seu ápice quando ela parou de enxergar aos 18 anos, o que fez com que ela se afastasse do esporte por nove anos.
Depois do seu primeiro Parapan, o próximo objetivo será o Mundial de Londres, em setembro. Se mantiver esse ritmo, ela tem tudo para se destacar nas Paraolimpíadas de Tóquio-20.
Em Lima, o Brasil terá sua maior delegação da história dos Parapans, com 337 atletas em todas as 17 modalidades. Oitavo colocado no quadro de medalhas da Paraolímpiada do Rio-2016, o país ficou em primeiro nas últimas três edições do Parapan, posição que almeja repetir no Peru com mais de cem medalhas de ouro, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro. (Folha)
Nadadora tem baixa visão e iniciou no paradesporto há menos de um ano
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