Elenco também está em minissérie sobre Hebe produzida pela Globo
imagem, e é impossível decifrar se aquele som é uma reprodução da atriz ou obra da Hebe original.
O enredo nos leva a certa compaixão por Marcelo, um menino que cresce amparando a mãe dos tombos que os outros tentam lhe dar, mas sem amigos e sem paciência para aquele ambiente de ricos e famosos engravatados. Ele mesmo prefere se jogar na piscina com os empregados da casa, seus melhores amigos, com quem democraticamente divide os melhores champanhes das festas de fim de ano, enquanto a mãe fica na sala a rir e a contar piadas entre Paulo e Silvia Maluf.
O que há de ruim no filme “Hebe - A Estrela do Brasil” é que ele deixa o espectador com vontade de ver mais sobre o assunto. Afinal, a história ali termina sem que a gente conheça o destino final de seus personagens. Não custa avisar, mais uma vez, que o longa se limita a um trecho da vida de Hebe.
Quem quiser conhecer a história completa, reproduzida em ficção, com este mesmo elenco, terá de esperar pela minissérie da Globo, em 10 capítulos, que cobre toda a trajetória da loira. Ainda sem previsão de exibição, a série foi toda gravada após a filmagem do longa-metragem.
O filme, contudo, mostra essas várias Hebes: a dengosa, a perua, a mulher que saía pisando para dizer o que pensava, a gracinha, a religiosa e a liberal. Estão todas debaixo daquele exagero de brilhos e paetês, sempre acompanhadas de um bom copo de uísque ou champanhe, por favor, ostentadas em um belo par de saltos altos. (CP)