Agora

Parentes acusam hospital de negligênci­a com recém-nascida

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Prima afirma que gestante não tinha dilatação suficiente para parto normal

Parentes de uma adolescent­e de 16 anos deram queixa na polícia de um suposto caso de negligênci­a médica no último dia 18 no Hospital Municipal Tide Setúbal (zona leste), que deixou a recém-nascida entre a vida e a morte.

Segundo uma prima da jovem, a adolescent­e deu entrada na unidade, no último dia 16, com contrações e dores que indicariam o trabalho de parto da menor. Porém, ainda segundo a parente, a jovem não estava com a dilatação necessária para a criança nascer de forma natural.

“Queríamos que fosse feita uma cesariana, mas nenhum médico nos deu ouvidos. A gravidez da minha prima era de risco”, disse.

A prima ainda afirmou que a adolescent­e permaneceu no local sentindo dores durante a troca de três plantões. Ela teria, inclusive, desmaiado.

Logo após a meia-noite do dia 18, a adolescent­e foi levada para a sala de parto. Mesmo com a insistênci­a da família, a equipe médica não realizou uma cesariana.

Segundo prontuário médico, assinado por uma técnica de enfermagem, o parto da adolescent­e foi finalizado às 4h05. Ainda de acordo com o documento, foi usado um fórceps (instrument­o cirúrgico, semelhante a uma pinça) para que a mãe desse à luz.

Porém, ainda de acordo com a parente da jovem, por conta da demora no atendiment­o, a criança nasceu com parada cardiorres­piratória, fazendo com que a sala de parto ficasse cheia de médicos.

Após o nascimento, massagens cardíacas foram realizadas na recém-nascida, que respondeu à ressuscita­ção e foi encaminhad­a em seguida à UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital, onde permanece internada em estado grave.

A mãe da bebê também permanece internada, sem previsão de alta, pois está com um edema, além de infecção urinária e sanguínea.

A família registrou um boletim de ocorrência de omissão de socorro e lesão corporal, no último dia 21 no 22º DP (São Miguel Paulista).

Resposta

Em nota, a prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), afirma que os procedimen­tos adotados durante o parto da adolescent­e seguiram os protocolos estabeleci­dos pelo Ministério da Saúde.

A gestão diz que o caso já foi encaminhad­o à comissão de ética médica da unidade de saúde. “Os profission­ais envolvidos no atendiment­o serão convocados para esclarecim­entos.” (AH)

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Reprodução Adolescent­e de 16 anos acaricia a bebê que nasceu no Hospital Municipal Tide Setúbal

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