Prefeitura pretende recuperar centro histórico da capital
Projeto quer reconstruir 68 mil metros quadrados de calçadões, trocando pedras portuguesas
A Prefeitura de São Paulo, com dinheiro do município e do governo federal, pretende recuperar a região do centro histórico e fortalecer seu potencial turístico.
As reformas são abrangentes (vão de ampliação de calçadas a renovação da iluminação, passando por plantio de árvores, entre outras) e acontecerão em três etapas: primeiro, no centro histórico (região da Praça da Sé); depois, em um trecho chamado Centro Novo (calçadões próximos da praça da República); por fim, no entorno do Mercado Municipal.
A rua Boa Vista liga o largo de São Bento ao Pátio do Colégio, dois dos locais mais antigos da capital paulista, com mais de quatro séculos. Junto das ruas Líbero Badaró e Benjamin Constant, formam uma região conhecida como Triângulo Histórico, onde a cidade surgiu.
O Triângulo é o ponto de partida dessas reformas. A ideia é reconstruir 68 mil metros quadrados de calçadões, substituindo as pedras portuguesas. O custo estimado é de R$ 54 milhões, pagos pela iniciativa privada e pelo Fundurb, fundo da prefeitura exclusivo para projetos urbanos. A previsão é a de concluir as obras no Triângulo até o final de 2020.
Adriele Pereira, 20, trabalha em uma ótica no centro histórico há três meses. “Nem daqui eu gostava de vir. É complicado, à noite é pior. Não pode nem olhar as horas no celular, que vem um atrás e puxa.”
A prefeitura tem feito esforços para colocar essa região no roteiro turístico da cidade. Colocou faixas com os dizeres “Triângulo SP” por essas ruas e, no último dia 17, promoveu um cortejo que percorreu esse trajeto, acompanhado de músicos da escola de samba da Vai-vai, do Teatro Oficina e do grupo afro Ilu Inã. Criou o programa Cultura no Centro, que reúne atrações culturais de quinta-feira a domingo.“o Triângulo será um experimento, um esforço de começar esse movimento. Se der certo ali, se todo mundo perceber que gerou um resultado, sob ponto de vista de atividade econômica, contamina o resto”, diz o secretário do Desenvolvimento Urbano, Fernando Chucre. (Folha)