Países ricos prometem liberar R$ 83 milhões para a Amazônia
Estatuto internacional para floresta é questão que se impõe, diz presidente da França
PARIS O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a atribuição de um “estatuto internacional” à floresta amazônica era “uma questão real que se impunha, se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse de todo o planeta”.
Macron ressaltou que a discussão não cabia no âmbito da iniciativa anunciada, que prevê o envio de ajuda para o controle das chamas e, posteriormente, investimentos em reflorestamento. Essa segunda etapa será detalhada na Assembleiageral da ONU, em Nova York, em setembro.
Para Macron, o estatuto internacional “é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer ‘não é problema meu’”. Ele teceu comparação: “A mesma coisa vale para aqueles que têm em seus territórios O plano divulgado na segunda “com o endosso de Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido inclui a liberação de US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões) para ações de controle das queimadas na floresta sul-americana. Boa parte da verba será usada para deslocar para a região e manter ativos por lá aviões.
Já o presidente Bolsonaro questionou o interesse dos europeus. “Será que alguém ajuda alguém, a não ser uma pessoa pobre, né, sem retorno? O que que está de olho na Amazônia? O que que eles querem lá há tanto tempo?”, questionou o presidente, ao deixar o Palácio da Alvorada, na manhã desta segunda (26). Pouco depois, voltou a atacar Macron pelas redes sociais. “Não podemos aceitar que um presidente, Macron, dispare ataques descabidos e gratuitos à Amazônia nem que disfarce suas intenções atrás da ideia de uma ‘aliança’ dos países do G-7 para ‘salvar’ a Amazônia, como se fôssemos uma colônia ou uma terra de ninguém”. (Folha)