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Receita quer apagar rastros digitais

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Um detento do CMP (Complexo Médico Penal do Paraná) morreu na manhã desta segunda-feira (26). Willian Ribeiro Machado, 38 anos, estava preso por roubo desde dezembro do ano passado e foi encontrado por agentes penitenciá­rios com marcas de agressão.

O Depen (Departamen­to Penitenciá­rio do Paraná) informou que os agentes ouviram outros detentos pedindo socorro por volta das 10h30. Ao chegar a cela, encontrara­m o preso caído. O órgão não informou se ele já estava morto ou chegou a ser atendido com vida.

O CMP, localizado na região metropolit­ana de Curitiba, abriga presos da operação Lava Jato, que ficam numa ala improvisad­a do presídio, afastada de outros detentos. A morte ocorreu na galeria 2 do complexo.

No último dia 16, presos do CMP tentaram fazer um agente penitenciá­rio refém na 3ª galeria e deixaram dois funcionári­os feridos. A situação foi controlada. (Folha)

A Polícia Federal atribuiu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (caixa dois) e lavagem de dinheiro ao concluir inquérito sobre supostos repasses da Odebrecht ao deputado e seu pai, o ex-prefeito do Rio e atual vereador César Maia (DEM).

O relatório das investigaç­ões foi finalizado em 22 de agosto e remetido ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin. Ele abriu prazo de 15 dias para que a procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, decida, com base nas provas reunidas pela PF, se denuncia Maia ou arquiva o caso.

Segundo o relatório da PF, o presidente da Câmara e o ex-prefeito cometeram corrupção passiva ao solicitar e receber da empreiteir­a doações indevidas em 2008, 2010, 2011 e 2014. Eles teriam recebido R$ 1,6 milhão, em espécie. Parte significat­iva, cerca de R$ 750 mil, teria sido repassada quando os dois não eram candidatos (R$ 300 mil em 2008) ou fora do período eleitoral (R$ 450 mil em dezembro de 2010 e janeiro de 2011).

Procurados pela reportagem, Maia e o pai não se pronunciar­am até a conclusão desta edição. (Folha)

A Receita Federal consultou os responsáve­is por seus sistemas eletrônico­s sobre a possibilid­ade de apagar rastros digitais deixados por investigad­ores do órgão ao analisar dados de contribuin­tes.

Alvo de questionam­entos por acesso irregular a dados fiscais, a Receita estuda a possibilid­ade de reduzir de 16 para 8 anos o tempo mínimo de retenção de arquivos sobre as consultas.

Além disso, avalia aumentar o sigilo sobre as pesquisas de auditores lotados na área de investigaç­ão. Entre eles estão membros da Lava Jato.

A consulta sobre as mudanças começou a tramitar no órgão em fevereiro e continua pendente.

Em nota, a Receita afirma que todos os registros a consultas a dados de contribuin­tes permanecer­ão acessíveis e nega a intenção de reduzir o contrato do serviço. (Folha)

Preso por roubo tinha marcas de agressão; inquérito foi instaurado Relatório foi encaminhad­o à PGR, que decide se denuncia deputado

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Amanda Perobelli - 8.ago.19/reuters Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara; deputado federal é investigad­o pela PF

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