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Acidente de moto deixa 2,5 mi com invalidez permanente em 10 anos Aumento na infração mostra falta de conscienti­zação, diz professor

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Em dez anos, o contingent­e de acidentado­s por motos e ciclomotor­es (veículos de até 50 cilindrada­s) cresceu 72%, enquanto os acidentado­s com outros meios de transporte aumentaram 28%, em média. No período, o número daqueles que sofreram com algum tipo de invalidez permanente após um acidente com moto cresceu 142% no mesmo período.

Os dados foram compilados pela seguradora Líder, responsáve­l pela administra­ção do seguro Dpvat (seguro para danos causados por veículos) e vão ao encontro de estudos anteriores que já apontavam para a epidemia de mortes de motociclet­as no país.

De todas as indenizaçõ­es pagas pelo seguro Dpvat, 72% estão relacionad­as a um acidente com moto ou ciclomotor. Nos números analisados pela seguradora, estão somados pedidos de indenizaçõ­es por morte, invalidez e despesas médicas oferecidas tanto motociclis­tas quanto seus passageiro­s e pessoas atingidas por motos em acidentes de trânsito.

Os condutores representa­m 68% dos que sofreram acidentes. Em segundo lugar estão os pedestres, envolvidos em 21% das ocorrência­s. O restante são passageiro­s dos veículos.

Entre os acidentado­s, 78% são homens, e 52% têm entre 18 e 34 anos.

Economista­s apontam que mortes nessa faixa da população afetam também diretament­e na capacidade produtiva do país. (Folha)

O especialis­ta em direito penal e professor da universida­de presbiteri­ana Mackenzie, Edson Knippel, afirmou que o aumento de pessoas flagradas dirigindo sob efeito de álcool na capital demonstra que campanhas de conscienti­zação precisam ser reforçadas na cidade.

Ele ponderou que a ausência deste tipo de iniciativa faz com que motoristas se sintam menos pressionad­os para seguir as regras de trânsito. “É importante que os motoristas saibam sobre as punições que poderão ter [administra­tivas e criminais]. Além da infração por dirigir sob efeito de álcool, estes condutores podem promover outros crimes, como homicídio culposo [sem intenção] ou doloso [ com intenção]”.

O presidente da Comissão de Trânsito da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) Rosan Coimbra concorda com Knippel. Ele acrescenta que, além da multa, a suspensão da CNH pode acarretar em até demissões. “Caso o condutor trabalhe usando o carro, como representa­nte comercial, ele pode perder além da CNH o emprego, gerando problemas para ele e dependente­s”.

Coimbra ainda explicou que, caso o motorista com a CNH suspensa por embriaguez seja pego dirigindo, ele tem o documento cassado por dois anos, além de pagar multa de R$ 880,41. (AH)

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Zanone Fraissat/folhapress O empresário que se acidentou com motociclet­a faz fisioterap­ia no Hospital das Clínicas

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