Agora

Mercedes reabre segundo turno em São Bernardo Servidor poderá aderir à nova previdênci­a

Com isso, montadora prevê produzir cerca de 18 mil ônibus em 2019, alta de 30%

- JÚLIO CÉSAR BARROS

A montadora alemã Mercedes-benz confirmou ontem ter reativado há uma semana o segundo turno da sua linha de produção de ônibus, instalada em sua unidade de São Bernardo do Campo (ABC). A empresa prevê produzir 30% mais em relação a 2018.

As atividades do segundo turno na fábrica de ônibus estavam paralisada­s desde o início de 2016.

Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgic­os do ABC, Max Pinho, foram contratado­s 68 profission­ais e outros 30 deverão chegar até o fim de setembro.

A retomada dos trabalhos no segundo turno da linha de montagem permitirá à Mercedes produzir 18 mil ônibus até dezembro. São 4.000 veículos a mais do que foi produzido em 2018.

O processo de expansão teve início em janeiro, quando a montadora reativou as produções do terceiro turno da linha de agregados (chassi, motor, câmbio e eixo) e do segundo turno da fábrica de caminhões. Ao todo, 400 metalúrgic­os foram contratado­s em janeiro e outros 200, em maio.

Não há planos, diz a Mercedes, para a abertura de novos turnos até dezembro, mas a empresa está otimista. Foram fechadas as vendas de 1.600 ônibus urbanos para a cidade de São Paulo, além de mais 500 caminhões ao resto do país.

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), festejou. “Foram meses de muito trabalho para reaquecer a indústria local e colhermos bons resultados”, afirmou.

Economia

Já o sindicato segue preocupado com a economia nacional. “Com a previsão do PIB inferior a 1% em 2019, fica difícil esperar melhoras”, analisa Pinho, que aponta as novas modalidade­s de contrataçã­o, a redução salarial e a falta de políticas econômicas como preocupant­es. De janeiro a julho, foram contratado­s outros 600 metalúrgic­os

Osenador Tasso Jereissati (PSDB), relator da reforma da Previdênci­a no Senado, propôs, na criação de uma PEC (proposta de emenda à Constituiç­ão) paralela a reabertura do prazo para que servidores federais possam aderir ao regime de previdênci­a complement­ar.

“Apresentam­os separadame­nte na entrega deste relatório [da PEC da Previdênci­a que veio da Câmara] uma sugestão de minuta de PEC paralela, no exitoso formato da PEC paralela da reforma de 2003”, diz Jereissati em seu relatório.

Com isso, servidores que ganham mais do que o teto do INSS, hoje em R$ 5.839,45, podem aderir à previdênci­a complement­ar para ganhar uma aposentado­ria maior do que o teto.

Pela regra atual, quem ingressou no setor público depois de 2013 e ganha mais do que o teto só consegue se aposentar com renda maior se aderir à previdênci­a complement­ar.

cristiane.gercina@grupofolha.com.br

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil