INSS escapa de redução SUAS CONTAS | de horários do governo
Corte de gastos do Ministério da Economia prevê poupar R$ 366 milhões neste ano
O corte de gastos anunciado na última semana pelo Ministério da Economia não vai atingir os horários de funcionamento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), diz a autarquia.
O pacote de medidas do governo federal inclui a limitação do expediente dos órgãos do ministério, que passou a ser das 8h às 18h. Antes, as atividades aconteciam das 7h às 20h.
Na segunda-feira (26), o INSS chegou a funcionar no horário reduzido (com exceção das agências), mas, a partir de terça, alegou que havia considerado “a essencialidade das atividades desenvolvidas” e voltou a funcionar normalmente das 7h às 20h. Na capital paulista, o atendimento nas agências está limitado a algum tempo e só ocorre até 13h.
A expectativa do Ministério da Economia com o corte de gastos é poupar R$ 366 milhões até o final do ano.
Com a portaria, ficou determinada a suspensão de novas contratações de serviços de consultoria , treinamento e capacitação de servidores, estágio remunerado e terceirização, entre outras fontes de despesa.
Falta de servidores
A Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) reclama da falta de contratação de novos servidores e diz que a contenção de gastos vai prejudicar ainda mais o pleno funcionamento do INSS.
“Os servidores têm reclamado da falta de serviços de limpeza em alguns locais, mas o déficit de contratações é um dos principais problemas”, diz Moacir Lopes, diretor da entidade.
Ele explica que, em novembro de 2018, o INSS pediu a realização de concurso para repor 16 mil vagas, o que não foi atendido.
O Ministério da Economia diz que os concursos seguem suspensos, sem previsão de retomada. Em fevereiro, o governo anunciou regras mais rígidas para a abertura de novos processos, além de ter feito cortes.